gdavg
Nós, torcedores organizados na Guerreiros do Almirante, a barra do Vasco desde 2006, somos, em sua maioria, sócios e participantes ativos na arquibancada e na política do nosso tão amado CRVG. Por isso, queremos, assim como todo vascaíno, o melhor para o Vasco. Sabemos tudo o que passamos nos últimos anos, rebaixamentos, resultados humilhantes, campanhas vexatórias na série A, na série B do Brasileiro e no Campeonato Carioca, entre outros fatos que nos envergonham. Vivenciamos uma época em que entram diretorias, saem diretorias e o clube segue agonizando e extremamente dependente de sua apaixonada torcida.
Nos últimos meses a possibilidade do Vasco se tornar um clube-empresa, ou melhor, uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF), trouxe esperanças para nossa torcida tão magoada e ressentida. A opção é vista com euforia tanto pelo investimento milionário quanto pela possibilidade de expulsar figuras políticas que engessam a nossa associação. Entretanto, acreditamos enquanto torcedores organizados que vivenciam o clube no cotidiano, que alguns questionamentos devem ser levantados:
1 - Porque a Mais Vasco e o atual presidente Jorge Salgado tinham como proposta de campanha a democratização do clube e a expansão do acesso a voto para os sócio torcedores se hoje desejam restringir mais com a criação da SAF?
https://maisvasco.com.br/por-um-vasco-moderno-etico-e-democratico/
2 - Porque o senhor Adriano Mendes, em setembro de 2021, disse em entrevista que o Vasco era um clube ajustado financeiramente, que estava lucrando e completamente rentável? O que mudou de lá pra cá?
https://www.netvasco.com.br/n/278038/vp-adriano-mendes-fala-sobre-as-financas-do-vasco
3 - Quais debates entre sócios foram feitos para que se escolhesse a SAF como saída para a nossa delicada situação? Quais outras alternativas de gerir o Vasco foram pensadas?
4 - Onde entram as torcidas organizadas neste processo? Em caso de reforma de São Januário, haverá um setor popular e destinado para nós?
(continua nos comentários)
São muitos os questionamentos a essa diretoria. No ano passado, 2021, mesmo com o elenco mais caro da Série B ficamos somente em 10° lugar demostrando a incapacidade e despreparo para gerir o CRVG. Agora querem atropelar o processo sério de criação da SAF, como um tapa buraco para os erros cometidos.
Além disso, não podemos deixar de pontuar que o desenvolvimento das sociedades anônimas no âmbito do futebol trouxe, em diferentes países, uma série de riscos e questões: falências de clubes históricos na Itália, censura ao torcer na Espanha, elitização na Inglaterra, descaracterização dos valores dos clubes no Chile e etc. Esses são alguns dos diversos riscos que corremos ao aceitar a constituição da SAF no Vasco sem questionar nada. No caso da 777 Partners, além de serem investidores com pouca experiência no futebol, possuem uma relação muito conflituosa com os sócios e os torcedores do Sevilla, da Espanha, após tentarem abocanhar uma maior participação no conselho do clube e se envolver em escândalos internos. Qual é a garantia de que isso não acontecerá no Vasco?
https://trivela.com.br/brasil/a-777-partners-chega-ao-vasco-com-experiencias-em-sevilla-e-genoa-mas-ha-poucas-licoes-favoraveis-dessas-empreitadas/
Sabemos que os valores chamam a atenção da torcida carente de títulos, de ídolos, de novas glórias, lutas e vitórias. Tais cifras podem nos ajudar a voltar a ter protagonismo nacional e internacional, mas como dizemos acima, queremos o melhor para o Vasco como todo torcedor. E entendemos que o Vasco vale muito mais do que as propostas destes investidores. Por fim, acreditamos que é necessário questionar, fiscalizar, cobrar da diretoria de Jorge Salgado e dos possíveis futuros investidores nesta que é a MAIOR MUDANÇA NA HISTÓRIA DO CLUBE.
Fonte: Instagram Guerreiros do Almirante