O Vasco deve um total de R$ 289.255,52 a Bruno Gomes. Esse é o valor calculado pela defesa do jogador na ação que ele ajuizou contra o clube na semana passada, pedindo a rescisão indireta do seu contrato.
O valor de quase R$ 290 mil diz respeito a depósitos de fundo de garantia, salários, décimo terceiro e outras obrigações trabalhistas. E são discriminados pelos advogados na peça inicial do processo da seguinte forma:
R$ 72.588,86 - depósito de FGTS de julho de 2020 a dezembro de 2021.
R$ 130.000 - salários de novembro e dezembro de 2021
R$ 65.000 - 13º salário de 2021
R$ 21.666,66 - Terço constitucional de férias de 2021
Deu-se à causa o valor de R$ 2.051.624,39 porque, além desses pagamentos em atraso, Bruno Gomes ainda pede na ação que o Vasco pague R$ 1.733.333,33, que é o valor da cláusula compensatória prevista no contrato em caso de rescisão, e uma multa de R$ 29.035,54 pelo atraso nos depósitos do FGTS.
O Vasco, portanto, não deve quase R$ 2 milhões a Bruno Gomes e nem necessariamente vai precisar pagar esse montante caso seja condenado na Justiça - o valor exato só será calculado numa eventual liquidação de sentença.
Em um despacho publicado na quarta-feira, a Claudia de Abreu de Lima Pisco estipulou o prazo de 48 horas para que o clube se pronunciasse com relação ao pedido de tutela de urgência de Bruno, o que ainda não aconteceu.
Salário dobrou em 2021
No contrato profissional firmado com o Vasco em julho de 2020, ficou combinado que o salário inicial de Bruno Gomes seria de R$ 35 mil. Mas, como é comum em vínculos de jogadores de futebol, existem gatilhos que disparam aumento automático à medida que o atleta for atingindo algumas metas.
No contrato de Bruno, estava previsto um acréscimo de R$ 10 mil a cada 10 jogos que o volante atuasse como titular da equipe principal do Vasco em 2021. Esse gatilho foi disparado por três vezes durante a temporada passada: em fevereiro, em abril e em agosto. De modo que ele terminou o ano com salário bruto de R$ 65 mil.
Bruno também receberia aumento caso fosse convocado para a seleção brasileira: 50% de acréscimo para as seleções sub-20 e sub-23 e 100% no caso de ser chamado para a seleção principal.
Fonte: ge