Juniores: Técnico Igor Guerra projeta Copa São Paulo e diz que meta é ser campeão
Segunda-feira, 27/12/2021 - 09:28
Lá se vão 30 anos da última e única vez que o Vasco conquistou a Copa São Paulo, em 1992. Desde então, o clube revelou craques, bateu na trave em 2018, mas não levantou mais o troféu. Em janeiro, uma nova oportunidade de encerrar o jejum. O time carioca não chega exatamente como favorito, mas entra na competição respaldado por bons resultados recentes na base em competições nacionais.

A preparação começou no início de dezembro, sob o comando do técnico Igor Guerra. O Vasco estreia em 5 de janeiro, contra o Lagarto-SE, em Santana do Parnaíba-SP. Revelar bons jogadores é a meta, mas o clube quer mais.



Em entrevista ao ge, o técnico Igor Guerra se mostrou otimista. O treinador citou a intensidade nos treinos e o equilíbrio do time, que terá a mescla de destaques da equipe sub-17, campeã carioca e vice-brasileira nesta temporada, com jogadores mais experientes com passagens pelo profissional, como Vinícius, Figueiredo e Andrey Santos. A temporada não foi de conquistas no sub-20, mas em janeiro o clube foi campeão da Copa do Brasil de 2020 da categoria.

Fique de olho
Andrey Santos (meia)
Marlon Gomes (meia)
Marcos Dias (atacante)

Dos 30 pré-inscritos na Copinha que vêm treinando com Igor Guerra, 11 tem idade sub-17. O treinador, que comandou a categoria há até pouco tempo, antes de assumir o sub-20, conhece bem a garotada. Nem todos, no entanto, viajarão para São Paulo. Apenas 22 farão parte da delegação. Os demais ficarão no Rio de Janeiro e podem ser convocados para o torneio em caso de necessidade. Igor ainda não definiu a lista final.

Na semana passada, em amistoso de preparação, a garotada do Vasco venceu o time profissional do Bangu por 3 a 0 em Moça Bonita, com gols de Marcos Dias, Marlon Gomes e Juan.

Jogadores com idade sub-17 pré-inscritos na Copinha
Goleiro: Allan Vitor
Laterais: Paulinho e Leandrinho
Zagueiros: Roger e Victão
Volantes/Meias: Lucas Eduardo, Barros e Andrey
Atacantes: Erick Marcus e GB

Todos os olhos estarão voltados para Andrey Santos, de 17 anos. O meio-campista, que participou de dois jogos do profissional neste ano, é atualmente o jogador mais badalado da base vascaína e deve receber oportunidades no time principal após a Copinha. Um bom desempenho no torneio certamente aceleraria o processo.

Além de encher a bola de Andrey, Igor Guerra falou sobre a preparação para a Copinha, a integração com o profissional e também sobre a expectativa em relação a Rayan, atacante de 15 anos, com passagens pelas seleções de base, que vem se destacando nos treinos e tem boas chances de jogar a Copinha. Ele é filho do ex-zagueiro vascaíno Valkmar e, apesar da pouca idade, tem marcado gols importantes pela equipe sub-17.

Vasco na primeira fase da Copinha
5/1 Lagarto-SE
8/1 Rio Claro-SP
11/1 Ska Brasil-SP

ge: o Vasco tem realizado grandes campanhas em competições nacionais na base, mas vai com um time muito novo para Copinha. O que esperar dessa garotada? Dá para brigar por título?

Igor Guerra: a preparação tem sido muito boa, muito positiva. Os garotos estão focados, treinando em alta intensidade, com muita qualidade nos treinos. O time é novo, mas é um grupo de atletas que conseguiu uma produtividade muito boa no decorrer do ano. A base do time que provavelmente jogará como titular é a base da equipe que jogou o ano inteiro e disputou competições como a Copa do Brasil sub-20 e o Campeonato Brasileiro sub-20.

É claro que teremos algumas mudanças. O banco também vem com garotos novos, mas garotos que chegaram na final do Campeonato Brasileiro sub-17. Na verdade, chegaram a quatro finais de competições sub-17 em 2021. São meninos muito competitivos, que já compreendem o tipo de jogo que queremos. A expectativa é de uma grande Copinha.

A meta claro é revelar bons jogadores, mas o que se fala entre nós, entre diretoria, comissão técnica e jogadores é buscar o título. Acreditamos muito nisso, o grupo tem tido uma evolução muito grande em busca da meta maior que é ser campeão.

O Vasco tem vários meninos do sub-17. Além do Andrey Santos, que já está no sub-20, vários garotos que ganharam o Carioca da categoria. Inclusive o Rayan, de 15 anos. Ele está pronto para Copinha?

Dizer se o garoto está pronto ou não é muito difícil. Só quando a gente coloca em campo e ele nos dá o retorno. Só assim conseguimos ter um parecer melhor. Mas é um garoto que tem treinado muito bem, não tem deixado a desejar para nenhum atleta mais velho. Muito pelo contrário, tem competido nos treinamentos de igual para igual.

É um garoto muito dedicado, determinado, tem muita qualidade e força. Acredito que possa nos ajudar. Ele está na lista dos 30 inscritos e está brigando por vaga na Copinha. Tem mostrado bom desempenho

O torcedor do Vasco olha com muito carinho para o Andrey Santos, que deve, inclusive, jogar no profissional nesse ano. O que você pode falar sobre ele?

O Andrey é um garoto muito equilibrado, tanto na fase defensiva quanto ofensiva. Ele consegue produzir para a equipe mesmo sem a bola. A noção de estruturação do espaço dele é muito grande, tem uma leitura de jogo que realmente se destaca. E com a bola ele nos auxilia muito desde a saída, com bons posicionamentos entre linhas, domínio orientado rompendo a marcação do adversário, como também tem pisado na área, tem finalizado e concluído boas jogadas.

Ele participa muito das jogadas de bola parada, escanteios e faltas. Então é um garoto bem interessante, muito completo como atleta, além de ter um bom comportamento em campo e extracampo. Acredito que seja um garoto que possa render bons frutos para o torcedor vascaíno.

Você trabalhou com Carlos Brazil na base e agora ele comanda o futebol profissional. Como está sendo essa integração? Imagino que ele esteja muito atento à garotada.

O Brazil conhece muito o que acontece na base, conhece os garotos, conhece todos os processos, os integrantes da comissão. Ele sabe como as coisas funcionam. Tenho conversado pouco desde que ele retornou, até por conta da correria que está o profissional. Mas ele já sinalizou um processo de integração muito maior. E por ele conhecer e vir da base, certamente teremos uma valorização maior, e ele conseguirá alinhar, cada vez mais, esse processo de integração entre base e profissional.

O time da Copinha terá jogadores com bastante experiência no profissional, casos do Figueiredo e do Vinícius. Como foi a decisão de levá-los para competição?

Sabemos que o time é novo e precisa de alguns atletas mais experientes para darem um suporte em momentos de dificuldades. Vinícius e Figueiredo são dois atletas que já conheço. Eles têm características de ruptura de linhas, de dribles, de atacar os espaços e gerar desconforto nas defesas adversárias.

São atletas muito determinados e focados. Sempre treinam em alta intensidade e isso traz coisas boas para o grupo. Conversando com eles, deixei claro que queria atletas realmente focados em ajudar o grupo. Eles se mostraram muito solícitos, queriam muito jogar e participar conosco da Copinha. E em momentos decisivos, vamos precisar de atletas com a experiência que eles apresentam. A partir daí, junto com a diretoria, decidimos que seria importante levá-los nesse processo.

O Galarza estava pré-inscrito na Copinha, mas foi chamado pelo Zé Ricardo para pré-temporada dos profissionais. Você participou dessa decisão e como ela aconteceu?

O profissional contava com ele na reapresentação. Para a Copinha, decidimos contar com os atletas que tinham mais chances de viajar e nos ajudar.



Fonte: ge