O racismo é um dos elementos definidores da sociedade brasileira. Diversos outros países do mundo são tocados pelo racismo mas, em poucos, se observa um impacto tão grande no cotidiano quanto em nosso país. É de se notar, no entanto, que o Brasil ainda tem dificuldades de lidar de forma ativa com o racismo, tão danoso para o país e, especialmente, para o presente e o futuro da população negra.
O futebol deve se posicionar como espaço de mudança. É um dever deste esporte, o mais popular do Brasil e do mundo, que tem negros como protagonistas e ídolos há um século. Paradoxalmente, o esporte segue sendo palco de atos racistas, como reflexo que é da sociedade que o cerca. O racismo estrutural tem o futebol como um de seus espaços de atuação, o que aumenta a responsabilidade de clubes, federações e torcedores em seu combate.
O Club de Regatas Vasco da Gama tem como um de seus fundamentos identitários a Resposta Histórica que, em 1924, negou a desfiliação de atletas pobres e operários – negros, diversos deles – como requisito para se manter nas disputas esportivas de primeiro escalão.
O combate ao racismo por parte do clube, no entanto, não é uma obra finalizada. O Vasco da Gama, um século depois, segue ao lado daqueles que mantém intacta sua indignação diante do racismo cotidiano – dentro e fora do mundo do futebol. Ter a consciência dos danos causados pelo racismo é um primeiro passo. Ainda a passos lentos, a sociedade vai se aproximando dela. Ao esporte cabe iniciar os próximos passos, aqueles nos quais a mudança se, de fato, concretiza.
O Vasco da Gama, engajado na promoção da justiça racial, se mantém inflexível no combate ao racismo e vigilante para que a própria instituição não seja uma reprodutora deste mal.
Os clubes, como alma do futebol, possuem uma responsabilidade incontornável diante da sociedade. Assumamos nosso papel como parte do problema – e nos tornemos parte da solução.
Club de Regatas Vasco da Gama
Um século de combate ao racismo
E contando
Fonte: Site oficial do Vasco