Para Fernando Diniz, jogo contra o Náutico foi 'divisor de águas'; veja outros tópicos da entrevista de despedida do técnico
Sexta-feira, 12/11/2021 - 11:02
Diferentemente dos outros treinadores que deixaram o Vasco em 2021, Fernando Diniz fez questão de conceder entrevista coletiva após encerrar sua passagem pelo clube. Na manhã desta sexta-feira, deu suas explicações a respeito do fracasso vascaíno na tentativa de voltar à Série A.

- Fazer um agradecimento especial ao Vasco, ao Jorge Salgado e ao Pássaro. Pela maneira que fui recebido pelo clube, pelo staff e por todos os jogadores. Em especial à torcida, que tivemos algo mágico. Tivemos a chance de conquistar o acesso, que era o nosso sonho.

Sobre o momento em que o Vasco desandou na Série B, Fernando Diniz apontou o empate com o Náutico, jogo no qual a equipe vencia por 2 a 0 e cedeu o 2 a 2.

- Concordo que foi a partir do jogo com o Náutico. Foi onde a gente teve uma conjunção muito favorável. Quando a gente tem esse momento, tem que saber aproveitar. Ou ia para o acesso ou aconteceria o que aconteceu. O jogo com o Náutico foi um divisor de águas.

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Há uma receita para colocar o Vasco nos trilhos?

- A gente não pode achar que receitas prontas, coisas fáceis e midiáticas vão resolver o problema do Vasco. O Vasco precisa de muito trabalho, dignidade e coragem. Você investindo nessas coisas, isso vai trazer o Vasco de volta ao patamar que teve. Temos que acreditar nas nossas convicções. Futebol é muito complexo. Não é muito simples. Todo mundo tem que se dar a mão no Vasco. Não é tergiversando que o Vasco vai conseguir dias melhores. Desejo o melhor para o Vasco e penso que o caminho que o Vasco deve seguir é esse.

Jogadores entenderam o seu estilo de jogo?

- Foram dois meses aqui no Vasco. Tínhamos tudo para conseguir o acesso. Os jogadores entenderam a ideia de jogo de maneira rápida. Quando jogávamos de forma simples, sentíamos mais dificuldade. O problema foi outro.

Decisão do presidente de mudar o comando

- Eu acho essa maneira mais direta me favorece. Eu não queria sair daqui do Vasco sem agradecer. Em relação ao planejamento do ano que vem, a gente não planejou nada. Foi uma decisão do presidente de fazer a mudança, e eu deixei ele bem à vontade para fazer isso. É sempre melhor para um treinador pegar um trabalho do inicio para fazer a formação do elenco para fazer o que ele precisa, o que as suas ideias necessitam. A entrevista era para poder ter esse contato com vocês e falar dos meus sentimentos de gratidão ao Vasco, como eu fui acolhido.

Se arrepende de alguma decisão tomada?

- Não absolutamente. Não vivo de arrependimentos, só de erros e acertos. A gente só acerta errando. Óbvio que vou fazer coisas diferentes depois. Não sou de ficar comentando as decisões, eu penso muito. Me entrego de coração para que as coisas aconteçam de maneira positiva.

Modelo de jogo foi o problema?

- Eu não tenho proposta para o ano que vem. Trabalhar no Vasco é sempre uma possibilidade, por isso vim para cá. O problema não é o modelo de jogo, o elenco, se fosse o problema do elenco, a gente não teria evoluído na minha chegada. No elenco, você avalia na formação dele. É sempre um risco quando você forma um elenco, pode dar certo ou errado. O tempo sempre ajuda. Agora, foi o primeiro momento de oscilação, foi grande, mas só aconteceu agora. A gente esbarra muito no modelo de jogo. O conhecimento é muito maior do que técnico e tático, você conhece o elenco no dia a dia.



Fonte: ge