O Santos Futebol Clube seguiu os passos do Vasco da Gama e firmou uma parceria para tokenizar o mecanismo de solidariedade da FIFA.
Esse dispositivo prevê um pagamento de até 5% sobre o valor de cada transferência de um jogador ao clube que o formou.
Na próxima terça-feira (26), conforme noticiado pelo Estadão, o Santos vai lançar o "Token da Vila". O criptoativo é baseado em uma cesta composta por 12 atletas revelados pelo alvinegro, incluindo Neymar e Gabigol.
Assim como no caso do Vasco, a iniciativa é resultado de uma parceria com o Mercado Bitcoin Digital Assets, unidade de tokenização da exchange Mercado Bitcoin.
Cada token terá um preço inicial de R$ 50. E, a cada vez que um jogador da cesta for negociado, o investidor pode lucrar. Ao todo, serão 600 mil tokens que serão colocados à venda, totalizando R$ 30 milhões.
Passado um período de 4 meses, será aberto o mercado secundário. A partir de então, o preço do token passará a variar de acordo com a oferta e demanda.
"Os clubes estão precisando se reinventar quanto às receitas. Não podem ficar sempre dependendo só de receita de direitos de transmissão dos jogos ou vendas de jogadores. Existe esse mecanismo colocado pela Fifa e muita gente resolveu monetizar para atender a uma demanda que existe no mercado, que são os sócios-torcedores. Eles participam desse rendimento e o clube angaria recursos por meio de uma receita diferente das que normalmente tem", disse o presidente do Santos, Andres Rueda, ao Estadão.
Santos entra para mundo dos criptoativos
De acordo com o executivo de marketing do Santos, Rafael Soares, o clube encontrou no mecanismo uma oportunidade de gerar receita que outrora seria incerta para o clube:
"Essa operação é muito interessante, porque ganha o clube, gerando receita nova, ganha o Mercado de Bitcoin tendo o Santos na sua prateleira de clientes e certamente ganhará o comprador do Token da Vila. Isso porque a expectativa de transacionar esses atletas listados é extremamente alta", acrescentou.
Conforme explicou Soares, o mecanismo de solidariedade é uma receita provável. Ou seja, não é certo de o valor ser recebido pelo clube. Afinal, para acionar o dispositivo, é preciso que haja uma venda de um jogador da base.
"O Santos tem percentual da venda pela geração desse craque. Varia de 0,5% a 5%. Quando Neymar foi vendido, o Santos foi ressarcido. Acontece com qualquer jogador gerado na base. Queremos tokenizar essa receita que pode acontecer ou não."
Além de Neymar, a cesta é composta por jogadores como Gabriel Barbosa (Gabigol), Rodrygo, do Real Madrid, Alex Sandro, da Juventus, e Lucas Veríssimo, do Benfica.
Fonte: Criptofacil