Confira outros tópicos da entrevista coletiva de Fernando Diniz após Vasco 2 x 0 Goiás
Fernando Diniz ficou satisfeito com a vitória sobre o Goiás a ponto de defini-la como a melhor atuação do time desde a sua chegada ao Vasco. Em entrevista coletiva, o treinador exaltou o apoio da torcida, em São Januário, e, apesar dos elogios à produção da equipe, fez questão de frear qualquer tipo de empolgação na busca pelo acesso à Série A.
O fato é que, com Diniz, são quatro jogos, dois empates e duas vitórias. O desempenho melhorou. Em sétimo, com 40 pontos, o Vasco começou a se aproximar do G-4. São quatro pontos atrás do G-4, com uma partida a mais.
- Ganhar e pela maneira que o time se comportou, aumenta, sim, a nossa confiança. Desde que cheguei aqui, o time produz para ganhar. Com o apoio do torcedor, acho que a gente fez o nosso melhor jogo hoje. Mais isso é diferente de empolgação. Temos coisas para melhorar na nossa caminhada - afirmou o treinador.
Segundo Diniz, a presença da torcida foi especial. Pouco mais de 3 mil torcedores estiveram no estádio, na segunda partida com público liberado.
- Foi um momento mágico para mim. Diferente. Foi meu primeiro contato com a torcida. Quando eu vinha jogar em São Januário, era uma das coisas que mais me empolgava, mesmo jogando contra. É uma torcida que tem um comportamento muito diferente das outras. Parecia que tinha 40 mil. O time rendeu mais por causa da torcida. Quando acontece essa química, as coisas acontecem - disse Diniz.
No domingo, o Vasco enfrenta o Confiança fora de casa. O jogo será às 18h15.
Mais respostas de Diniz
Importância de jovens no time
Conto com eles. Na minha carreira, os jovens sempre tiveram um espaço grande. Não pelo fato de serem jovens. Com Andrey, hoje tínhamos quatro ou cinco jogadores da base. Jogador tem que ser bom e conseguir em jogos importantes desenvolver. Eles estão desenvolvendo. Conto com eles, como conto com todos aqui. O Morato fez um gol e o Nenê deu assistência. Conto com os mais velhos também. Todos estão sendo protagonistas.
Proposta de jogo
Para ter proposta de ter controle da bola e ser agressivo, é fundamental recuperar logo a bola. Aguentamos fazer isso até o segundo gol. Depois não dá para afirmar que o time cansou. É complexo esse tipo de análise. O que cansa é fazer as coisas de maneira separadas. Quando vi que o time começou a fazer coisas distante, fiz um recuo estratégico. Não é minha formação preferida. Mas se é para ficar com o time quebrado, prefiro ficar mais atrás. Jogamos das duas maneiras, da forma mais vistosa que eu gosto e depois o Vasco soube recuar.
Manter padrão fora de casa diante do Confiança
Fizemos um resultado importante com um jogador a menos, no pior gramado da Série B, contra o Brusque. Mas contra o CRB nos comportamos bem, soubemos jogar. Se o campo oferecer boas condições, acho que podemos manter o nível.
Riquelme
Ele jogou muito bem, é um jogador extremamente talentoso e a nossa relação, a gente se aproximou logo no primeiro dia da minha chegada. Ele é colega de seleção do Marcos Paulo e do João Pedro, que trabalhei junto no Fluminense. Tivemos um conexão imediata. Ele é um jovem talentoso e que tem um futuro brilhante pela frente.
Vasco com a cara de Diniz?
A minha cara aqui no Vasco se mostra desde que cheguei. Tenho um respeito muito grande pelo torcedor e me entrego de corpo e alma. Em Brusque foi um jogo muito especial pela nossa entrega. E hoje casou a técnica e a tática. Foi o nosso melhor jogo.
Melhora defensiva
Eu não tenho muita interação com aquilo que acontece fora do Vasco. A verdade está no trabalho do dia a dia. Quando as pessoas apontam coisas positivas e negativas, muitas vezes apontam a coisa errada. Sou muito frio quanto a isso. Os jogadores do Vasco trabalham muito, querem muito esse acesso e respeitam a instituição. O sistema defensivo não é a linha de quatro e os dois volantes. Para mim nunca foi isso. Quem está fora muitas vezes não consegue ver as coisas. Quando você tem um olhar mais criterioso, você consegue enxergar. Se o Vasco está bem no sistema defensivo, é por conta do Cano, do Nenê, do Morato e do Marquinhos Gabriel. Eles estão dobrando a marcação. Nem sempre dá para explicar tudo. O gol que sofremos contra o Cruzeiro não dá para explicar.
Marquinhos Gabriel
É um jogador que já tinha tentando levar para trabalhar comigo duas vezes. Gosto muito. Jogador moderno, consegue jogar em várias posições. Tem uma técnica requintada. O torcedor tem o direito de fazer críticas. O que não pode é esperar que o camisa 10 resolva todos problemas de criação. O coletivo tem que aparecer. E o Marquinhos é um jogador coletiva. Da minha maneira de ver o jogo, ele se encaixa quase de forma perfeita. Deve ser o jogador que mais corre. O Vasco está muito bem servido. Fiquei muito feliz de saber que ele estava aqui
Jhon Sanchéz
Nunca tive o prazer de jogar contra o John. Comecei a reparar nele mais nos treinamentos. É um jogador que está se adaptando e qualquer hora pode estrear
Fonte: ge