Salgado se reúne com funcionários, que ameaçam entrar em greve; TRT libera recursos do clube
O atraso de salário voltou a ser rotina no Vasco. Nesta terça-feira, sob ameaça de greve dos funcionários, o presidente Jorge Salgado se reuniu com alguns trabalhadores para tratar dos dois meses de débito em São Januário.
Salgado não deu previsão de pagamento, mas informou aos colaboradores que o clube aguarda a liberação de recursos bloqueados pela Justiça. Quando isso ocorrer, o mês de julho será quitado. A expectativa é de que isto ocorra nos próximos dias.
Por ora, a paralisação foi descartada. Mas não totalmente, afinal, alguns cogitam não trabalhar na operação do jogo contra o Goiás, segunda-feira, caso não recebam.
O Vasco completou dois meses de salário atrasado a funcionários (CLT) e jogadores (CLT, mas alguns também recebem direitos de imagem) - importante frisar: os jogadores não ameaçam fazer greve. A remuneração referente a julho e agosto ainda não foi paga.
Embora a lei trabalhista diga que isto deve ser feito até o quinto dia útil de cada mês, o clube tem um acordo informal para quitar o pagamento no dia 20. Portanto, o atraso completou dois meses na segunda-feira. Na última quinta, parte dos funcionários chegou a ensaiar uma paralisação.
Nesta terça-feira, a desembargadora Edith Maria Correa Tourinho, presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, atendeu a um pedido do Vasco. O clube solicitou que parte do dinheiro bloqueado para atender a execução de R$ 93,5 milhões em dívidas trabalhistas seja liberada para o pagamento de salários.
A desembargadora concordou com o pedido, afinal, a execução de R$ 93,5 milhões em dívidas trabalhista se deu no âmbito do Regime Especial de Execução Forçada (REEF), que posteriormente foi suspenso pela Justiça. O REFF, suspenso até a apresentação, por parte do Vasco, de novo plano para pagar as dívidas, foi criado após o Ato Trabalhista do Vasco ser cancelado.
Foi essa decisão da presidente do TRT-1 que Salgado comentou no encontro com funcionários. Em julho, o Vasco fez um acordo com o Ministério Público do Trabalho para reservar parte das receitas para pagar salários. Porém, com o bloqueio não conseguiu manter a combinação.
Fonte: ge