Confira 5 desafios que Fernando Diniz terá no Vasco
Segunda-feira, 13/09/2021 - 09:03
Anunciado pelo Vasco na quinta-feira e apresentado ao grupo no domingo, quando comandou seu primeiro treinamento, Fernando Diniz, como bom estudioso do futebol brasileiro, já deve saber o que vai encarar pela frente. Porém, o ge lista cinco questões que preocupam demais a torcida, algumas delas velhos problemas da temporada 2021. O treinador faz sua estreia na próxima quinta-feira, contra o CRB, em Alagoas, às 19h, pela 24ª rodada da Série B.

1) Recuperar Germán Cano

Se o Vasco acumula erros recorrentes dentro de campo em 2021, um problema recente é dos mais inesperados. Destaque absoluto do time desde que chegou ao Rio, em janeiro do ano passado, Cano vive sua pior fase na Colina. Está há 10 jogos sem marcar, seu jejum mais duro com a Cruz de Malta. E, além disso, tem enfileirado más atuações.

É bom destacar também que ele tem sido muito pouco abastecido, situação que o faz sair constantemente da área para tentar construir o jogo. Mas, quando acionado, tem falhado. O erro mais grave durante a seca foi o pênalti perdido contra o Brasil (empate por 1 a 1), pela 22ª rodada.

Quando recebia mais bolas, Cano tinha o hábito de finalizar bastante nos jogos, mas a média muito baixa de chutes (1,68 por jogo - 37 em 22 partidas) e cabeçadas (0,45 - 10 em 22) na Série B chama atenção.

Apesar do momento muito ruim, não falta personalidade ao argentino. Em entrevista concedida na semana passada, encarou o jejum com naturalidade.

- Já passei várias vezes na minha carreira. Levo isso como algo natural, sei que vai passar rapidamente.

2) Ganhar fora de casa é necessário

Impressiona o aproveitamento pífio (27,27%) do Vasco como visitante na Série B. São apenas duas vitórias, três empates e seis derrotas - míseros nove pontos em 33 possíveis. O rendimento ofensivo longe de seus domínios também é sofrível: 10 gols marcados em 11 jogos.

Melhorar muito é obrigação, e isso se torna mais urgente porque oito dos 15 jogos que restam ao Vasco na competição serão disputados na condição de visitante.

Nas outras edições da Série B que disputou, todas com acesso, o Vasco sempre teve aproveitamento superior a 40% fora de casa. Em 2009, registrou o seu melhor (59,6%).

3) Transição segue muito lenta

Mesmo com Marcelo Cabo e Lisca mexendo constantemente nas peças do meio-campo, o Vasco, seja com um volante mais marcador ou com meio-campistas mais móveis, continua com muita lentidão na hora de fazer a transição entre defesa e ataque.

Por vezes com defesa e meio-campo circulando a bola em excesso, os pontas pouco dialogam com os laterais e têm chegado menos ao fundo. Dessa forma, o Vasco encontra enormes dificuldades parar furar retrancas, e Cano acaba isolado na frente.

4) Falta compactação

Se Diniz é treinador que dá atenção à saída de bola, ele também terá de ficar ligado no espaçamento da equipe. Basta o Vasco entrar em dificuldade para grandes espaços se formarem sobretudo no meio-campo.

Na última rodada, por exemplo, Getúlio conseguiu transitar com muita tranquilidade entre a linha de meio-campo e a de defesa antes de sair livre na cara de Vanderlei para depois vencê-lo e empurrar a bola para dentro do gol. No terceiro, outro buraco no meio, e Copete recebeu na boa para vencer a defesa na velocidade e bater na trave. No rebote, Jonathan marcou.

5) A eterna questão da bola parada

Embora Lisca tenha minimizado bem sutilmente o problema da bola aérea que persegue o Vasco desde o início da temporada, o treinador se despediu com a equipe levando um gol desse tipo com facilidade escancarada. Em falta cobrada por Edílson, Getúlio recebeu na ponta completamente livre e escorou para Bruno Silva fazer o segundo gol do Avaí na vitória por 3 a 1.

Até o presente momento, o Vasco levou 21 gols na bola aérea, o que corresponde a 40,3% dos 52 sofridos na temporada.

Com o time na 10ª colocação e a oito pontos do G-4, o acesso está bem distante no momento. Para buscar o pelotão de cima, Fernando Diniz terá de promover um choque em todos aspectos, como tático, técnico e especialmente psicológico, já que o clima não andava nada bom nas últimas semanas.



Fonte: ge