Para a 'Central do Apito', posição de Daniel Amorim era legal e gol do Vasco foi mal anulado
Sexta-feira, 03/09/2021 - 21:38
Linha do VAR não funciona em gol anulado do Vasco; Central do Apito vê posição legal

O empate entre Vasco e Brasil de Pelotas por 1 a 1, nesta sexta-feira, em São Januário, foi marcado por polêmicas de arbitragem. A principal delas ocorreu aos 37 minutos do segundo tempo, quando Andrey bateu falta na trave e, no rebote, Daniel Amorim mandou para o gol. Em campo, o auxiliar levantou a bandeira e assinalou o impedimento.

O árbitro, então, aguardou a revisão do VAR. Três minutos depois, confirmou o impedimento. Porém, as linhas não foram traçadas pelo árbitro de vídeo. De acordo com a CBF, "questões técnicas" causaram o problema. Como a tecnologia falhou, foi mantida a decisão de campo, anulando o gol.

Na transmissão do Premiere, a comentarista de arbitragem Janette Mara Arcanjo afirmou que, pelas imagens disponíveis, a posição de Daniel Amorim era legal.

É a segunda vez em 10 dias que a linha de impedimento do VAR falha em competições organizadas pela CBF. No último dia 25, não houve imagem disponível em gol anulado do Athletico-PR contra o Santos, pela Copa do Brasil.

Pênalti anulado

O Vasco também teve um pênalti anulado após análise do árbitro de vídeo. Aos 36 minutos, João Siqueira atingiu Léo Matos na área após tabela com Cano e a arbitragem assinalou a penalidade.

Na Central do Apito, a comentarista de arbitragem do Grupo Globo, Janette Arcanjo, concordou com a marcação. Porém, após consulta ao VAR, a penalidade foi cancelada pelo árbitro Alisson Sidnei Furtado.

- Penalidade muito bem marcada. O João Siqueira não atinge a bola, ele atinge o Léo Matos. Correta a decisão da arbitragem. O árbitro tinha boa visão da jogada. Penalidade muito bem marcada.

Durante a análise no árbitro de vídeo, Alisson Sidnei Furtado sofreu muita pressão dos jogadores e pediu que todos se afastassem. Na transmissão foi possível ouvir o árbitro comunicando aos companheiros de arbitragem que iria cancelar o pênalti.

- Vou reformar minha decisão. Vou reiniciar com bola ao chão sem sanção disciplinar nenhuma - disse o árbitro.

Consultada novamente depois da decisão do VAR de cancelar a penalidade, Janette Arcanjo manteve o posicionamento e reafirmou que marcaria o pênalti na jogada.

- Primeiro que o VAR, pelo texto de regra, ele tem que intervir em uma situação clara e óbvia. Ali é lance de interpretação do árbitro. Ele tem o melhor ângulo para definir a jogada. Para mim há uma carga do João Siqueira no Léo Matos. E deveria ter mantido a decisão.

Na saída para o intervalo, Léo Matos reclamou da decisão do VAR e afirmou que se fosse fora da área a falta teria sido marcada.

- Em relação ao pênalti, na hora que eu fiz a alavanca para dar o passe, ele colocou o pé na frente e eu acabei chutando o pé dele. Mas se ele não toca na bola, no meu ponto de vista, foi pênalti. Se fosse fora da área seria falta. E ainda teve o lance em cima, que ele colocou um apoio. Para mim foi pênalti claro. Ele deu com toda convicção e depois tirou com o VAR. O VAR contra nós, aqui em São Januário, é uma coisa impressionante. Quando tem que chamar, não chama. Vamos ver até quando vai ser assim.

No segundo tempo, Arthur Henrique derrubou Morato na área e a arbitragem marcou pênalti. Na Central do Apito, Janette Arcanjo concordou com a marcação da penalidade. Na cobrança, porém, Cano bateu mal e parou no goleiro Matheus Nogueira.



Fonte: ge