Conselho de Beneméritos lamenta falecimento do comentarista vascaíno Salvador Barzilai
Nota de falecimento
É com grande pesar que lamentamos o falecimento do comentarista esportivo carioca Salvador Barzilai, vítima do Covid-19. Salvador era um ícone das transmissões esportivas em Israel, país que chegou em 1971, sendo comum vê-lo com a camisa do Vasco durante o exercício da profissão.
Agradecemos pela divulgação internacional de nossas cores e valores.
Nossos sinceros sentimentos à família.
Conselho de Beneméritos do Club de Regatas Vasco da Gama
Fonte: Site oficial do Vasco
'Vida', 'beleza', 'um beijo': Covid leva brasileiro mais querido em Israel
A quarta onda da pandemia da Covid-19 em Israel levou na semana passada um ícone nacional responsável por divulgar a cultura e o futebol do Brasil para milhares de fãs do esporte no país. O comentarista esportivo Salvador "Salva" Barzilai faleceu aos 69 anos depois de três semanas internado em uma UTI.
A perda de Salva mexeu com as emoções dos israelenses e ocupou o noticiário dos principais jornais do país. Não era preciso ser brasileiro, ter qualquer relação com o Brasil ou mesmo falar português para ser seu fã.
— Foi terrível quando ouvi a notícia esta manhã. Mesmo para mim, que não choro — diz o motorista de táxi e fã de futebol Beni Kazis. — Todos o amavam, ninguém não gostava dele. Ele era especial. Perdemos um dos melhores em Israel. A gente assistia a alguns jogos só para ver o Salva falar do jeito engraçado dele. Não sei como vai ser a próxima Copa América.
Nascido no Rio de Janeiro, Salva emigrou para Israel em 1971. A terceira dose da vacina não chegou a tempo: logo depois de tê-la recebido, Salva foi diagnosticado com a Covid. A suspeita é de que já estava contaminado quando recebeu o reforço.
— Era comum vê-lo com a camisa amarelinha ou com a camisa do Vasco, seu clube de coração e que ele acompanhava de longe, nas transmissões televisivas. Seu sotaque carioca era muito marcado, e suas onomatopeias eram repetidas pelas crianças — explica João Miragaya, do site Conexão Israel.
Em sua despedida, camisetas e bonés com cores e símbolos brasileiros eram vistos pelo cemitério de Holon ao lado de jogadores de futebol e atores famosos em Israel.
Sotaque do Rio
Os discursos em sua homenagem eram pontuados pelas palavras em português que Salva ensinou aos israelenses em seus comentários na televisão falando "hebraico com sotaque carioca": "vida", "beleza", "um beijo, galera".
— Ele era como um irmão mais velho para mim, e o embaixador número um do Brasil em Israel — diz Aviad Pohoryles, que homenageou o brasileiro na cerimônia e publicou no Israel Hayom, o jornal mais lido de Israel, uma coluna intitulada "Nada como o Salva".
Fonte: O Globo Online