Poucas horas após anunciar a venda de Arthur Sales, o Vasco foi alvo de mais um pedido de penhora. A Comissão de Credores, grupo que cobra a execução de R$ 93,5 milhões em dívidas trabalhistas, solicitou à Justiça o bloqueio de 30% do valor da negociação.
O pedido, realizado na tarde desta terça-feira, quase quatro horas após a confirmação da negociação por parte do clube, ainda não foi analisado. Caberá ao juiz Fernando Reis de Abreu, gestor de centralização do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, avaliar o caso.
Segundo apurou o ge, a venda de 80% dos direitos do meia-atacante de 19 anos foi por US$ 3 milhões (R$ 15,4 milhões) - o clube de São Januário preservou os outros 20%. Caso tenha o pedido aceito, a Comissão de Credores ficará com R$ 4,6 milhões do que será pago pelo time belga Lommel SK.
A Comissão de Credores foi formada após o Ato Trabalhista ter sido cancelado - o Vasco descumpriu algumas regras do benefício. São ex-funcionários do clube que ganharam suas reclamatórias na Justiça e aguardam pagamento de valores que totalizam R$ 93,5 milhões. Para tal, o TRT-1 criou o Regime Especial de Execução Forçada (REEF) que, diferentemente do Ato, cobra a dívida de uma única vez.
Recentemente, o juiz Fernando Reis de Abreu, gestor de centralização do TRT-1, penhorou uma série de receitas do clube. Agora, recebeu o pedido específico de bloquear a venda até que a penhora seja confirmada.
O Vasco recorreu contra a instauração do REFF. Inicialmente, teve o pedido negado. Porém, ainda tenta derrubá-lo pois entende que é conflitante com o Regime Centralizado de Execuções (RCE), uma possibilidade criada com a recente lei do clube-empresa do Brasil. O clube apresentará plano de pagamento parcelado dos débitos, que destina 20% da receita em até seis anos.
Fonte: ge