A venda de Marrony do Atlético-MG para o Midtjylland, da Dinamarca, está fechada, porém outra negociação encontra-se em curso. Diz respeito ao repasse de dinheiro a ser feito ao Vasco. Os cariocas têm 20% dos direitos econômicos do atacante, e uma fatia desse percentual (6%) cabe ao Volta Redonda, primeiro clube do atleta de 22 anos. O Galo, porém, discute com o direção vascaína um desconto em relação ao valor que o Vasco tem a receber.
O Atlético-MG entende que os 4,5 milhões de euros (R$ 27,8 milhões) estão aquém do que pretendiam lucrar com Marrony e por isso negociam uma redução junto ao Vasco do percentual que os cariocas têm direito. Embora a troca de documentos já tenha sido feita, o dinheiro dos dinamarqueses ainda não entrou nos cofres atleticanos.
O Galo receberá 3 milhões de euros à vista (R$ 18,5 milhões) e uma parcela de 1,5 milhão de euros (R$ 9,3 milhões) em setembro de 2022. Dentro dos atuais termos, o Vasco teria direito a R$ 3,7 milhões, entrando R$ 2,6 milhões de imediato e outros R$ 1,3 milhão em 2022.
Com a venda ao Midtjylland nesta janela, o Galo se livrou de outra cláusula do contrato firmado com o Vasco no ano passado. Caso não negociasse Marrony até 2023, os mineiros teriam de obrigatoriamente comprar os 20% divididos entre Vasco e Volta Redonda por um milhão de euros (R$ 6,2 milhões).
Pelo mecanismo de solidariedade da Fifa, que confere um percentual aos clubes formadores, o Vasco ainda teria direito a 2,59% do valor da transferência para o clube dinamarquês.
Volta Redonda ainda tem dinheiro a receber do Vasco
Parte interessada no negócio, o Volta Redonda, clube que formou Marrony e o negociou em 2015, ainda tem dinheiro a receber do Vasco. Na venda para o Atlético-MG, realizada em junho de 2020 e que rendeu R$ 18 milhões (R$ 2 mi foram pagos em comissão) aos cofres vascaínos, ficou estabelecido que o Voltaço teria direito a R$ 4,6 milhões.
O pagamento ao clube do Sul Fluminense foi dividido da seguinte forma: R$ 1 milhão à vista, outro R$ 1 milhão em janeiro de 2021 e mais R$ 2,6 milhões cinco meses depois. A primeira parcela foi paga em 2020, mas as de janeiro e julho do ano corrente ainda não foram quitadas.
Quando o acordo de repasse ao Volta Redonda foi celebrado, ficou estabelecido que, caso o Vasco não pagasse as parcelas, a dívida com o Volta Redonda voltaria para R$ 6 milhões (30% dos R$ 20 milhões) pagos pelo Atlético.
Com isso, fica uma questão em aberto: o Vasco deve R$ 3,6 milhões ou R$ 5 milhões ao Volta Redonda? O bom relacionamento entre as diretorias deve permitir que se chegue a um bom termo.
Fonte: ge