Paulinho vai receber a Medalha Pedro Ernesto da Câmara do Rio por combate à intolerância religiosa
Segunda-feira, 09/08/2021 - 22:13
Campeão em Tóquio, Paulinho vai colocar outra medalha no peito. O atacante da seleção brasileira olímpica e do Bayer Leverkusen vai receber a Medalha Pedro Ernesto, maior honraria da Câmara Municipal do Rio de Janeiro. O jogador vai ser homenageado por sua contribuição ao combate à intolerância religiosa.

A iniciativa foi do vereador Átila Nunes (DEM) e foi aprovada por unanimidade na casa. Ainda não há data para a entrega da honraria. Paulinho foi do Japão direto para a Alemanha e deve ser representado por um de seus irmãos, que vivem no Rio de Janeiro.

– Paulinho fez uma grande contribuição para o combate à intolerância religiosa ao homenagear na estreia da seleção olímpica, em Tóquio, o orixá Oxóssi, sacando uma flecha imaginária das costas após fazer o gol. Foi a imagem mais poderosa do jogo e fortaleceu o debate sobre o respeito à diversidade religiosa – escreveu o vereador Átila, em suas redes sociais, ao justificar o pedido.

Paulinho fez tal comemoração no quarto gol da vitória do Brasil por 4 a 2 contra a Alemanha, na estreia da Olimpíada. Horas depois, ele vibrou com a vitória e o seu gol com publicações que também fizeram referência ao Candomblé, religião que pratica. Em entrevista ao ge antes dos Jogos de Tóquio, o atacante comentou sobre sua postura.

– Creio que a gente pode, como pessoas que têm palavras públicas, ajudar a combater esse preconceito, seja nas redes sociais ou na televisão – afirmou o jogador.

Filho de Oxóssi, o orixá caçador, Paulinho é seguidor do Candomblé, mas conhece bem também a Umbanda, religiões de matrizes africanas, às quais foi apresentado pela mãe e pela tia. Embora diga nunca ter sido vítima de intolerância religiosa, o atacante afirma que "se você olhar nas redes sociais, você consegue ver".

– Precisamos reconhecer a grandeza do ato do jogador, que levou ao mundo inteiro a paixão e a tradição de um povo guerreiro que não se cala diante do preconceito – definiu o vereador Átila Nunes.



Fonte: ge