Confira outros tópicos do pronunciamento do diretor Alexandre Pássaro
Quinta-feira, 05/08/2021 - 01:08
Após a derrota por 2 a 1 para o São Paulo, que eliminou o Vasco da Copa do Brasil, Alexandre Pássaro, diretor executivo de futebol do Vasco, decidiu fazer um pronunciamento. Sem abrir a possibilidade de perguntas dos jornalistas, o dirigente foi à sala de imprensa de São Januário para reclamar da arbitragem de Anderson Daronco.
Levou uma folha consigo para enumerar os erros que ele e o clube identificaram na partida. Antes de citá-los, porém, fez muitas críticas também a Daniel Nobre Bins, quem operou o VAR no jogo, e a Leonardo Gaciba, presidente da comissão nacional de arbitragem.
Os erros apontados, na visão do dirigente, foram os seguintes:
- Pênalti não marcado de Miranda em Léo Jabá.
- Gol anulado de Germán Cano no primeiro tempo.
- Pênalti não marcado de Nestor em Matías Galarza.
- Expulsão de Leandro Castan.
- Expulsão de Lisca.
O executivo vascaíno foi irônico com Daronco durante boa parte da entrevista, dizendo que este se preocupa muito com a academia e que a única diferença que notou no árbitro gaúcho foi o fato de ter feito uma nova tatuagem no braço.
- Estou com duas folhas na minha frente porque quando a gente vai falar de arbitragem, especialmente num jogo como de hoje, a gente precisa anotar para não se perder. Não se perder tanto como eles se perdem nos jogos. Ou não se perdem e fazem exatamente o aquilo que querem fazer. Isso não tem nada a ver com o resultado da partida. Mas para quem vive e trabalha no futebol, em uma temporada com dois anos sem parada, é muito ruim quando vem um instrumento do jogo, porque o árbitro nada mais é do que um instrumento do jogo, embora os árbitros hoje sejam a estrela do jogo.... E (o árbitro) vem aqui e nos tirou o direito de disputar uma partida de igual para igual - discursou, para completar:
- O que se fala de bastidor... É difícil falar dessa coisa de ser favorecido no Brasil porque você pega o São Paulo, e eles foram prejudicados no Campeonato Brasileiro no sábado (contra o Palmeiras). No sábado próximo é capaz de ser prejudicado de novo porque a arbitragem é ruim, não tem cobrança. Agora o nosso digníssimo Gaciba, que eu não sei se ele está atuando, de férias ou se está trabalhando. A nossa arbitragem é brilhante. Eu tenho que dar entrevista, dirigente, jogador e o Lisca têm que dar entrevistas. Temos que nos explicar, mas árbitros não. Árbitro vai pegar o carrinho dele aqui, vai para o hotel, vai dormir e vai para casa. Não sei onde está o Gaciba, mas deve estar mexendo os pauzinhos dele dentro do departamento dele, mas hoje ele não responde a ninguém. Eu queria entender a quem o Gaciba responde hoje na CBF. Hoje ele (Daronco) veio aqui e prejudicou o Vasco.
Confira outros pontos da entrevista:
Expulsão de Lisca
- As imagens da Vasco TV mostram o Lisca 40 segundos antes da expulsão. Ele estava mexendo no relógio, não falou nada. Ele expulsou para o Lisca não ir reclamar com ele ao final do jogo. Depois, quando os outros membros da comissão foram falar com ele, ele disse que era para o Lisca reclamar dele na coletiva. O nível é esse. Os oficiais da arbitragem me falaram que não entenderam a expulsão do Lisca. Os jogadores do São Paulo com os quais tenho boa relação falaram o mesmo.
Críticas e muitas ironias a Daronco
- Quando eu estava no São Paulo, em 2019, esse mesmo Daronco apitou um jogo entre São Paulo e Vasco aqui e expulsou o Raniel, jogador do São Paulo. Num lance que muita gente questionou, na época todo mundo do lado do São Paulo reclamou. Então hoje ele veio aqui e prejudicou o Vasco do mesmo jeito que já prejudicou o São Paulo.
- Esse mesmo árbitro preferiu não ir para o VAR ver uma chave de braço que o Felipe Melo deu no Léo Matos. Mas ele não está preocupado com isso. A única novidade que vejo no Daronco da temporada passada para essa é a tatuagem no braço. Fechou o braço, tá bonitão na TV. Tá forte. Então é isso com o que ele está preocupado. Ele não se preocupa com outra coisa. Vamos fazer comparação com a Conmebol num erro bisonho que teve no jogo do Fluminense, e o árbitro foi suspenso no jogo seguinte.
- Aqui não tem suspensão, aqui ele é beneficiado. Só que ele continua apitando, deixam o Daronco apitar. Quem sabe ele pega um jogo no Nordeste agora, viaja dois dias antes se ele não tiver ocupado com a academia dele em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Aí quem sabe ele pode viajar para o Nordeste tranquilinho para apitar um jogo bem mole, um jogo onde as torcidas não o conhecem muito. Tira um pouquinho do foco, coisa que a CBF sabe fazer muito bem.
Fonte: ge