Alexandre Pássaro minimiza urgência por reforços e defende trabalho de Marcelo Cabo
Sexta-feira, 16/07/2021 - 18:07
O diretor de futebol do Vasco, Alexandre Pássaro, minimizou, nesta sexta-feira, a urgência por reforços. Em entrevista coletiva, o dirigente admitiu que o início na Série B não foi dos melhores, mas ressaltou a reação nos últimos jogos - tento que respaldou o trabalho do técnico Marcelo Cabo e elencou números que, na sua visão, apontam evolução da equipe. Ele também reforçou a confiança no atual elenco e reiterou que eventuais contratações chegarão apenas como ajustes.

- De nada adianta que o trabalho seja muito bom no dia a dia e muito ruim na tabela. Por enquanto a nossa intervenção é no trabalho. Eu acho que estamos evoluindo, aquém do que deveríamos, mas estamos evoluindo - afirmou o dirigente.

Em sétimo colocado, com 17 pontos, o Vasco enfrentará o Náutico, domingo, em São Januário. A equipe ainda não figurou no G-4. Desde a derrota para o Avaí, a equipe conquistou melhores resultados. São três vitórias consecutivas em casa. Pássaro também falou sobre reforços.

- Acho que temos um bom elenco para disputa da Série B e todos achavam. Isso não foi discussão até a primeira derrota. Depois da derrota é natural que se questione. Todos estão no seu direito. O Vasco vive há anos uma reconstrução infinita. Eu não acredito nisso. Não é assim, sem parar de contratar, que se melhora desempenho, pontuação e trabalho. O Cano é prova disso, sempre falo. Independentemente de se contratar alguém, de surgir alguma oportunidade de mercado, a gente quer que esse elenco dê os frutos que a gente sabe que pode dar - disse, para completar:


- É lógico que estamos atentos ao mercado. É um mercado muito restrito. Não vemos a necessidade urgente de reforços. Queremos sim ajustes, talvez no final da janela. Temos confiança no elenco. Não gosto de usar contratações como muleta. Ninguém aqui do clube quer. Vamos trazer reforços se for necessário e se houver oportunidade para isso.

Até o momento, 10 reforços foram contratados pelo Vasco para temporada.
Pássaro também foi indagado sobre as negociações por renovações de German Cano e Andrey. O dirigente falou pouco sobre a situação do volante, mas deixou clara a vontade de manter o artilheiro. No entanto, tudo passa pelas condições que o Vasco terá no futuro.

- Não temos novidades concretas, mas nunca perdemos as negociações do foco. Já expressamos ao presidente a vontade de manter o Cano, talvez não só por um ano, mas por mais tempo. Mas temos que ser responsáveis. Precisamos saber como será nossa vida a partir do ano que vem. Não é um assunto esquecido, estamos buscando. Não necessariamente o acesso à Série A seja definitivo para a permanência do Cano. Mas precisamos saber que condições poderemos oferecer ao Cano, ao Andrey ou a qualquer um jogador que venha. Mas o desejo é mútuo. Ele já manifestou o interesse de ficar, e nós queremos ficar com ele. Mas temos que ser responsáveis. Renovar por renovar é fácil. Mas esse é um desejo diário nosso, e tenho certeza que em um futuro muito próximo vamos evoluir nisso - ressaltou Pássaro.

Outros trechos

Permanência de Cabo

Eu não penso que há garantias quando se troca de treinador. Pratico isso aqui e em outros locais que trabalhei. O termômetro é o dia a dia. Quando se analisa de fora para dentro, e não falo só do Cabo, se analisa simplesmente apenas os 90 minutos de jogo. É uma situação da pandemia, quando não se pode ver os treinos. Quando se liga a TV e se vê os 90 minutos, a gente sabe que está devendo em resultado e performance. Isso não quer dizer que a culpa é de uma pessoa só, seja ela o Cabo ou não. É do coletivo. Análise é feita constantemente de forma paralela. A gente analisa o trabalho, a aceitação dos atletas e a tabela de pontuação. A análise é diária, jogo a jogo e quando e se achar que os caminhos se distanciaram, se muda de postura.

Início na Série B

Independentemente da mudança de plataforma de jogo, desde o jogo contra o Avaí, o Vasco tem 62% de aproveitamento, que é praticamente um aproveitamento de líder do campeonato. O que pesa ainda são as quatro primeiras rodadas, especialmente os dois jogos em casa, contra Operário e Avaí, quando não pontuamos. Agora queremos manter o aproveitamento e de líder

Planejamento está dentro do esperado na Série B?

Na verdade, a gente sabe que temos pontuação e desempenho abaixo do esperado. O que vai nos fazer melhorar é o nosso trabalho, nossa crença e nosso esforço de que vamos chegar ao final da Série B com o acesso à Série A. De nada adiantaria ter agora a pontuação e, no final, não chegar. No mundo ideal, queríamos começar e terminar no G-4. Mas a gente não controla tudo no futebol. Temos a convicção de que muito em breve essa curva vai se ajustar.

Fonte: ge