Pedro Seixas fala sobre mudanças na parceria com a WTorre para reforma de São Januário
O projeto de reforma de São Januário sofreu uma mudança significativa. A WTorre, empresa anunciada como parceira do clube em agosto de 2020, não atuará mais na captação de recursos para tirar a obra do papel.
A informação foi divulgada inicialmente pelo site Papo na Colina. Posteriormente, o ge a confirmou.
A relação entre as partes foi algo definido na gestão do ex-presidente Alexandre Campello. Com a modificação, a WTorre terá agora apenas a preferência de operar o futuro estádio. A direção de Jorge Salgado, atual mandatário, busca novos investidores. E admite que a previsão de iniciar a construção em 2021 ficou comprometida.
Pedro Seixas, atual vice de Projetos Especiais e que era vice de Obras e Engenharia de Campello, explicou a mudança em mensagem enviada pela assessoria do clube. Segundo o dirigente, a parceria continua e as duas partes acreditam e têm o projeto como estratégico:
- A WTorre se responsabilizava por algumas ações preliminares (técnicas e jurídicas) que retornaram para a responsabilidade do Vasco. Em comum acordo, chegamos à conclusão de que a WTorre passa a assumir papel de consultora e orientadora do projeto. Continua participando das reuniões e do desenvolvimento do projeto, mas já não mais como investidor. Como contrapartida, passa a ter preferência pela operação do futuro estádio. Por outro lado, o Vasco passa a assumir a responsabilidade do investimento no desenvolvimento do projeto, na estruturação do projeto, e, dessa forma, pode preservar maior parte do retorno desse investimento para o próprio clube.
A obra tem orçamento estimado em R$ 275 milhões. Atualmente, o Vasco trabalha na regularização de matrículas dos diferentes terrenos que contemplam o complexo de São Januário.
O ge fez outros questionamentos ao Vasco, que os respondeu. Além de reconhecer não ser possível começar a obra no segundo semestre de 2021, o clube informou que o projeto não sofreu mudanças significativas e que ainda é possível cumprir a ideia de inaugurar o novo estádio em 2023. As informações foram repassadas por Pedro Seixas.
O memorando de entendimento com a WTorre foi renovado?
Pedro Seixas: Ele tinha validade de seis meses e expirou em fevereiro. Independentemente da validade do documento, as conversas continuaram e continuam de forma periódica. Não houve renovação formal, mas a gente continuou trabalhando a várias mãos. Duas dessas são da WTorre.
Na época da assinatura do memorando de entendimento com a WTorre, em 21 de agosto de 2020, o Vasco divulgou que a previsão do começo das obras era no segundo semestre de 2021. Isso ainda está de pé? A previsão para inauguração do estádio remodelado era no aniversário de 125 anos do clube, em 21 de agosto de 2023. Isso ainda é possível?
Pedro Seixas: A meta de início da obra em 2021 está, de fato, comprometida. Por conta de algumas ações iniciais que a gente não conseguiu dar andamento e velocidade no primeiro semestre. Não temos como precisar uma data para início da obra. O fato é que todas as conversas com órgãos públicos como prefeitura e concessionárias estão andando muito bem. O planejamento da construção, conforme concebido, prevê 18 meses de obra. Então, ainda é viável uma inauguração em 2023. Mas depende dos movimentos nos próximos meses.
Detalhes como capacidade do estádio (43 mil pessoas), os 120 camarotes, a preservação da fachada, setores populares atrás dos gols, duas torres (administrativas e comercial) e estacionamento para 1,4 mil carros continuam? Ou foram revistos?
Pedro Seixas: O projeto não mudou. Em termos de capacidade, número de camarotes, estacionamento e etc., não mudou. Continua o mesmo como o divulgado e como a maquete, que está lá na loja do clube. Os ajustes feitos a partir das contribuições da WTorre em termos operacionais e comerciais são internos que não impactam o macro do projeto.
Fonte: ge