Paulinho fala da torcida pelo Vasco, elege Pec seu sucessor e lembra cobrança de Eurico por vaga na Libertadores
Em 2017, subia para os profissionais do Vasco uma das maiores revelações do clube nos últimos anos. O atacante Paulinho. Hoje, mesmo defendendo o Bayer Leverkusen e vivendo na Alemanha, o jogador de 20 anos não deixa de acompanhar o Cruzmaltino.
Em entrevista ao ESPN.com.br, Paulinho, que irá disputar a Olimpíada de Tóquio pela seleção brasileira, revelou que segue assistindo aos jogos do Gigante da Colina, mas que, quando perde, o sofrimento é dobrado.
"A gente sofre como torcedor e como amigo também. Tenho muitos amigos lá, que jogaram na base e estão nos profissionais. Vasco já passou por momentos assim e conseguiu sair. Acredito que tem total força de sair desse momento e voltar para a elite do futebol, que é a Série A. A gente torce para isso".
Cria da base de São Januário, Paulinho apontou Gabriel Pec, também revelado no clube, como o jogador do atual elenco que mais se assemelha ao seu futebol.
"Não digo nem pelas características de futebol, mas de instinto. O Gabriel Pec. Acompanhei muito na base, jogou com a minha categoria, ele é um ano mais novo. Sempre estivemos juntos, tinha uma relação boa. Com relação ao instinto, ele se parece muito comigo quando subi para o Vasco. Sempre querendo mostrar vontade, fazendo de tudo para que o Vasco ganhe".
Entre 2017 e 2018, antes de rumar à Alemanha, Paulinho fez parte de uma equipe do Vasco que mesclava jovens revelados no clube e atletas mais experientes. Sob o comando de Zé Ricardo, o Vasco chegou à Conmebol Libertadores.
O atacante relembrou os bons momentos com os companheiros e as virtudes que aquele plantel possuía. Além disso, revelou que a 'missão Libertadores' foi um objetivo imposto pelo falecido presidente Eurico Miranda.
"Esse grupo era muito unido, tinha muito jogador da base, geração 97, 95 e 94. Thales, Henrique, Jomar, Caio Monteiro, Bruno Consendey, Andrey, até o Mateus Vital, que está no Corinthians. A gente se juntava, esses mais velhos, acabavam que entravam junto com a gente nessa relação e ajudavam muito a gente. Tanto Nenê, quanto Luis Fabiano, Pikachu também. Ajudaram essa evolução no profissional, não à toa que conseguimos o feito, que foi a Libertadores. Foi um objetivo que o presidente Eurico, na época, botou na mesa que a gente tinha que alcançar".
Mesmo vivendo a infância em São Januário, Paulinho deixou o Vasco após apenas 35 jogos e sete gols. No entanto, há duas partidas que estão eternizadas no coração do atacante, que as colocou como as mais especiais pelo clube.
"O jogo da minha estreia, contra o Atlético-MG, que eu fiz os dois gols, uma vitória muito importante. E também o último jogo, que eu fiz o gol, contra a Ponte Preta, que levou a gente para a Libertadores. Foram os momentos mais marcantes no Vasco. O último por causa da torcida, que lotou São Januário. Na hora do gol, você sente a torcida vibrando, aquilo te arrepia. Eu sempre vou lembrar. O primeiro jogo, minha estreia, de titular, que foi muito importante para dar o pontapé na minha carreira como profissional logo com dois gols foi maravilhoso".
Fonte: ESPN.com.br