Marcelo Cabo, sobre a Série B: 'A competição tem um DNA próprio'; confira trechos da entrevista
Sábado, 03/07/2021 - 19:15
Uma vitória suada e que teve um impacto importante para o Vasco na tabela da Série B. O 1 a 0 diante do Confiança não foi conquistado com uma atuação convincente em São Januário na tarde deste sábado, pela nona rodada. Marcelo Cabo sabe disso. Tanto que fez ponderações a mesma medida em que comemorou a terceira vitória consecutiva como mandante.

"A competição tem um DNA próprio. Você vai enfrentar o Confiança e pega uma equipe bem treinada, jogadores experientes, e nos trazem dificuldades. Vencemos o CRB por 3 a 0, mas isso é exceção, não é uma regra, pela competitividade"

- Entendo que estivemos aquém da expectativa de todos. Estivemos aquém tecnicamente. Nos desorganizamos no primeiro tempo, melhoramos depois. Um fator determinante para não termos a intensidade que eu gostaria foi o fato de ter sido o quarto jogo em nove dias, além dos desfalques. O importante é que conquistamos a terceira vitória consecutiva em casa e encostamos no pelotão da frente do campeonato. Precisamos ser competitivos, não sofremos gols, que é uma meta, mas precisávamos de mais para aumentar o placar. Agora, temos uma semana de trabalho para recuperar os atletas. O importante é que saímos com a vitória - completou Cabo.

Com o resultado, o Vasco pulou para a sexta colocação na Série B, com 13 pontos, e tem pela frente na próxima rodada um rival direto na luta pelo G-4. Sexta-feira, às 19h (de Brasília), novamente em São Januário, a equipe recebe o Sampaio Corrêa, que está na quarta colocação na tabela.

Confira outros trechos da coletiva

Pontos fortes da equipe

- Acho que nosso modelo de jogo deixou a equipe um pouco mais agrupada. Temos jogado mais próximo, o meio-campo é um fator importante e ganhamos sustentação defensiva. Conseguimos três vitórias e as duas derrotas foram com jogadores expulsos. Poderíamos ter uma sequência melhor se não fossem essas expulsões. Sabemos os pontos que estamos devendo, onde precisamos melhorar, mas houve uma proximidade maior do meio-campo. Até o gol, estávamos muito bem no jogo. No segundo tempo, o cansaço abateu a equipe e o Confiança cresceu.

Boa fase em São Januário

- Depois das duas primeiras derrotas em casa, repensamos um pouco a plataforma de jogo. O Vasco tem que vencer sempre em casa, tem que ser muito forte, e a Série B é isso. Em campeonato de pontos corridos, tem que vencer em casa e pontuar fora. Temos uma sustentação defensiva maior, mudamos a forma de marcação e diminuímos bastante o número de gols em bola parada. Evoluímos em alguns aspectos, devemos em outros, e é esse equilíbrio que preciso buscar para a equipe poder propor jogo e trazer mais brilho para nosso modelo.

Maior posse do Confiança

- Foi 60 x 40, né?! Estávamos muito cansados, principalmente no segundo tempo. No último jogo, atuamos 90 minutos com menos um e a conta chegaria no segundo tempo. Jogamos agrupados porque sabíamos que em algum momento eles teriam mais intensidade que a gente. Fizemos seis gols nos últimos jogos em casa e sofremos um. Começamos o jogo no 4-4-2, voltamos do intervalo no 4-2-3-1 variando para o 4-3-3 e conseguimos criar situações. São plataformas de jogo muito bem definidas.

Boa entrada do Figueiredo

- Não só o Figueiredo. O Arthur também entrou muito bem. São jogadores pinçados do Sub-20. O Figueiredo pode jogar de extremo ou de 9. Tem uma presença de área boa, uma transição boa, e é um jogador em formação, vai oscilar durante os jogos. Me deu uma alternativa boa por não ter o Jabá. E o Arthur me entregou quando precisei tirar o Pec. São dois jogadores que no Sub-20 faz beirada e faz 9. Queríamos jogar mais no campo do Confiança para ampliar o placar e não conseguimos.



Fonte: ge