Fornecedor de refeições fala sobre proibição da entrada de funcionários no CT e dívida do Vasco
Sexta-feira, 02/07/2021 - 10:39
Em entrevista ao canal ‘Atenção, vascaínos!', Artur Brandão, responsável pelo fornecimento de alimentos para os atletas do Vasco, falou sobre a situação vivida pelos funcionários no CT do Vasco nesta quinta-feira (01). Os trabalhadores foram barrados de entrar no CT ao chegarem para cumprir expediente.

"O Vasco proibiu a entrada dos meus funcionários no CT porque existe uma dívida do Vasco, da gestão atual, com a minha empresa. Tenho uma empresa em São Januário e uma que fornece refeições para jogadores e funcionários. Como o Vasco tem uma dívida comigo, eu mandei uma notificação para o clube de que eu precisava receber, e o Vasco não manifestou nenhuma resposta. Isso foi no dia 18. Depois, no dia 26 eu mandei uma nova notificação e de novo o Vasco não mostrou nenhum posicionamento. Esperei dia 27, 28, 29, então no dia 30 eu dei um dia de folga para os funcionários para compensar horas extra e paralisei os serviços, conforme havia sido notificado. Isso não deve ter agradado a administração e por causa disso, ao invés de me procurar para tentar uma solução, eles contrataram uma outra empresa e hoje de manhã, quando meus funcionários chegaram para trabalhar, para preparar o café, foram notificadas de que tinha uma outra empresa para fazer os serviços de comida necessários ao CT. Eles pediram que elas se retirassem, porque nós não mais fazíamos serviços lá e que deveríamos procurar o Jurídico do Vasco."

Artur Brandão ainda explicou que orientou as funcionárias para que fizessem fotos do local, o que foi proibido por seguranças. Ele destaca que os equipamentos que estão no CT são de sua propriedade e não autorizou o uso por outra empresa e, por isso, fez o pedido para as funcionárias.

"Diante disso, o meu posicionamento foi chamar um advogado meu, da empresa, e explicar toda a situação para que ele tomasse todas as providências que tinham que ser tomadas. Nós notificamos o Vasco e iríamos fazer tudo que fosse possível judicialmente. Após a notificação, me ligaram, perguntando se eu estava em São Januário, e eu falei que estava. Então, me chamaram pra uma reunião, e nessa reunião eu esclareci tudo para o presidente, que ficou surpreso, porque ele me passou uma situação de que tinha recebido informações diferentes, e eu mostrei pra ele que não eram informações verdadeiras. Ele entendeu isso e se posicionou de que eu continuaria a fazer o serviço."

Durante a conversa com o presidente Jorge Salgado, o empresário ainda falou sobre algumas situações que ocorrem no CT do Vasco. Segundo ele, os responsáveis pela administração do Centro de Treinamento o trata de forma desagradável. Em contrapartida, ele destacou que não tem encontrado problemas no trabalho feito em São Januário, atendendo atletas da base e outros funcionários do clube. Artur ainda desabafou sobre a situação.

"Eu de maneira nenhuma quero o prejuízo do Vasco. O Vasco pode e tem o direito de rescindir o contrato, o Vasco só não tem o direito de me sacanear. Eu não mereço isso, eu faço as coisas todas direitinhas pelo bem do Vasco."



Fonte: Supervasco