Entre as propostas discutidas pelos 40 clubes das Séries A e B para a criação de uma nova liga que organize o Campeonato Brasileiro, está também o surgimento de um novo tribunal.
Os dirigentes que dialogam sobre calendário e receitas também colocaram na pauta a substituição do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, que hoje é ligado à CBF.
O tema ainda não avançou para saber se o tribunal da Liga viria para substituir o STJD ou se o atual palco de julgamentos funcionaria em paralelo, para que houvesse recursos nas duas frentes, e desse ainda mais independência ao novo órgão.
Esse e outros assuntos serão debatidos semanalmente por um grupo de trabalho da Liga. E já estiveram no encontro da última segunda-feira, em São Paulo. Na ocasião, houve indicação de que há respaldo na legislação para um tribunal independente.
Falta ainda definir um CEO profissional e montar um estatuto para organizar as competições. Mas os setores de marjeking e jurídico já estão alinhados.
O comando do STJD hoje é de Otávio Noronha, que assumiu a presidência ano passado para a gestão 2020/2024. Ele chegou ao tribunal como auditor em 2012. Nos últimos anos, exerceu o cargo de vice-presidente.
Apesar da indicação original ser da OAB, Noronha teve apoio da CBF. Em novembro de 2019, o pai dele, que na ocasião era presidente do STJ, foi recebido na sede da entidade pelo então presidente Rogério Caboclo e outros membros da diretoria. Visitou o museu e ganhou camisa - algo comum para os convidados.
Fonte: O Globo Online