O técnico Marcelo Cabo comanda o Vasco com dupla missão na partida desta quarta-feira, contra o Boavista, pela Copa do Brasil. Entra pressionado pela necessidade de confirmar a vaga nas oitavas de final da competição, mas a situação é relativamente confortável, pois tem a vantagem do empate após vitória por 1 a 0 no jogo de ida. O mesmo não pode se dizer em relação ao momento. Antes em lua de mel com a torcida, Cabo inicia seu terceiro mês de Colina, completo na última terça-feira, cercado de desconfiança devido às últimas atuações da equipe.

Conforme novas peças chegavam, e o elenco ganhava cara, o Vasco foi evoluindo paulatinamente. Erros na bola aérea foram o calcanhar de Aquiles no início da gestão do treinador, mas já era possível ver um time consistente. Foram 11 jogos de invencibilidade, com o ápice atingido na vitória por 3 a 1 sobre o Flamengo, em 15 de abril.

No jogo em que o Vasco quebrou jejum de cinco anos no Clássico dos Milhões, a bola aérea encaixou ofensiva e defensivamente. O time mostrou-se intenso, competitivo e resistente fisicamente.

A primeira derrota veio na semifinal da Taça Rio, por 1 a 0 para o Madureira, em 1º de maio, mas nada que preocupasse. Cabo lançara mão de um time integralmente reserva e ainda jogou boa parte do duelo com um homem a menos após expulsão infantil de Laranjeira ainda no primeiro tempo.

Nas atuações recentes, os bons resultados não se repetiram e as preocupações de Cabo mudaram. As falhas defensivas, em especial no jogo aéreo, foram mitigadas e deram lugar a uma dor de cabeça com a falta de criatividade. Sem Marquinhos Gabriel, e com o meio-campo mais lento, o resultado foi uma escassez de finalizações . A média de gols do Vasco com o treinador é 1,6 por jogo, mas nas últimas cinco partidas caiu drasticamente para 0,6. Falhas na saída de bola também resultaram em gols adversários. Contra o Operário-PR, o time até conseguiu número alto de chances (14), mas o adversário finalizou mais: 19.



Fonte: Esporte News Mundo