Quatro nadadores bateram pela primeira vez o índice para os Jogos Paralímpicos de Tóquio na manhã desta sexta-feira,4, durante as eliminatórias das provas disputadas pelo terceiro dia da Fase de Treinamento Seletiva da natação, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. Agora, todos aguardam o final da seletiva e também a verificação de elegibilidade para confirmar suas vagas para o evento na capital japonesa.
A seletiva, que ocorrerá até sábado, 5, tem como objetivo definir quais os nadadores preencherão as vagas da natação para os Jogos de Tóquio. Nesta quinta, 3, dentre os índices conquistados dois atletas da classe S1 se destacaram. Confira aqui.
O goiano Ruiter Silva, da classe S9, foi um dos primeiros nadadores a conseguir baixar o tempo da sua classe no dia – nadou os 50m livres masculino em 26s10, poucos centésimos mais rápido do que a marca de 26s37 pré-estabelecida como critério.
O nadador, que tem má formação congênita na mão esquerda, chegou a bater o recorde das Américas nas eliminatórias e nas finais dos 100m livres da sua classe no primeiro dia da seletiva ao cravar 56s64 na última disputa, porém, a prova não faz parte do programa dos Jogos Paralímpicos. A marca alcançada pelo atleta será validada na composição do revezamento 4x100m livre 34 pontos.
Já nos 50m livres feminino, a carioca Lídia Cruz e a mineira Patricia Pereira dos Santos, ambas da classe S4, também superaram o índice de 43s25 nos 50m livres feminino já nas eliminatórias. A primeira fez 42s65, enquanto a segunda nadou em 42s78 a mesma prova.
A quarta atleta estreante em índices na seletiva foi a mineira Ana Karolina Soares, da classe S14. A atleta, que nasceu com deficiência intelectual, completou a prova dos 100m costas feminino em 1min10s36 e bateu a marca de 1min10s96 por centésimos.
Já classificados para os Jogos de Tóquio, por serem campeões mundiais em suas classes em 2019, Wendel Belarmino (S11) e Carol Santiago (S12) também bateram os índices paralímpicos nas provas eliminatórias.
O nadador de Brasília com deficiência visual nadou os 50m livres masculino em 26s54, mais rápido do que o índice 27s03, enquanto a atleta pernambucana também com deficiência visual fez 1min13s66 a prova dos 100m costas feminino, que tinha 1min14s19 como marca pré-estabelecida.
A última prova da manhã registrou três índices atingidos, todos por atletas que já haviam conseguido o mesmo feito nos primeiros dias da seletiva.
Os nadadores da classe S1 Gabriel Feiten e José Ronaldo voltaram a fazer uma "dobradinha" nas piscinas, desta vez nos 100m costas masculino, e bateram o índice de 3min19s59 da mesma prova. O nadador gaúcho completou em 2min54s97 e o paulista, em 3min08s95.
Já o mineiro Gabriel Geraldo, que havia batido o tempo nos 50m costas masculino, conseguiu baixar a marca também nos 100m costas masculino – nadou 2min00s19 a prova que tinha 2min19s59 como índice.
Todos os participantes da Fase de Treinamento Seletiva têm obedecido a rigorosos protocolos sanitários implementados pelo CPB desde sua reabertura em julho do ano passado.
Fonte: CPB (texto), Instagram da nadadora Lídia Cruz (foto)
paradesportocrvg
Mais um índice para Tóquio? Dessa vez com gostinho especial. Formada pela base do clube, Lídia saiu de sua reabilitação diretamente para a escola de esportes paralímpicos cruzmaltino, e hoje chega a sua maior performance como atleta, atingindo o índice para participação na competição, e agora aguarda possível convocação da seleção para os Jogos Paralímpicos.
O Comitê Paralimpico Brasileiro dispõe de 35 vagas para a equipe de natação, sendo que 31 estão disponíveis, as demais são dos campeões mundiais de 2019. Os atletas precisam alcançar os índices e aguardam convocação.
Parabéns, Lídia! ??? #rumoatoquio
Fonte: Instagram Vasco Paralímpico
Lídia Cruz alcança índice paralímpico e aguarda convocação
A atleta Lídia Cruz, da equipe paralímpica de natação do Vasco da Gama, conquistou o índice estabelecido pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) na prova 50m livre, com o tempo de 42s28 e agora aguarda a convocação oficial para os Jogos Paralímpicos de Tóquio, que ocorrem em agosto e setembro deste ano.
Atleta formada pela base do Clube, Lídia chegou à Escola de Esportes Paralímpicos do Vasco da Gama em 2016. No ano seguinte, começou a participar de competições.
Nadadora da classe S4, a atleta nasceu com mielomeningocele, uma má formação na coluna, que afeta os membros inferiores. Na adolescência, ela sofreu uma lesão encefálica que afetou os movimentos dos membros superiores, a deixando com um quadro de tetraplegia.
Os atletas que não foram campeões mundiais em 2019 precisam alcançar os índices do CPB e agora aguardam a convocação oficial.
Fonte: Site oficial do Vasco