Matías Galarza elege Germán Cano seu 'pai' no Vasco e nega atrito com Gabigol
Sexta-feira, 07/05/2021 - 08:38
Matías Galarza tem menos de um ano de Colina - completa em junho próximo -, mas bastante história para contar. Emprestado pelo Olimpia em junho do ano passado para integrar o time sub-20, fez gol na final que deu o título da Copa do Brasil de juniores ao Vasco e rapidamente se tornou peça crucial do esquema de Marcelo Cabo. Aproveitou as chances com Siston no início da temporada e já soma dois gols em nove partidas como profissional.

A rápida adaptação ao time principal do Vasco tem um pilar importante: Germán Cano, principal figura do clube desde janeiro do ano passado. Galarza frequenta a casa do goleador argentino, compartilha churrascos - ou asados, como dizem nos outros país sul-americanos - e taças de vinho para brindar as vitórias vascaínas.

- Minha relação com ele é muito boa, sempre me aconselhou. Creio que é meu pai aqui no Brasil, porque tem toda a experiência, jogou em outros países e é uma pessoa muito boa, que me ajuda abrindo as portas de sua casa. Me aconselha nos passos que preciso dar - diz o paraguaio.

Se com o artilheiro do Vasco o convívio é o melhor possível, o primeiro contato com Gabigol, goleador do Flamengo, não foi dos mais amistosos. Após vitória por 3 a 1 que interrompeu jejum de 17 jogos sem vitória vascaína sobre o rival, o jovem provocou o camisa 9 rubro-negro no Instagram postando: "Tá muito fraco, irmão". Ao conquistar a Taça Guanabara dias depois, Gabi respondeu com a mesma legenda.

Semanas após o ocorrido, Galarza colocou panos quentes na troca de farpas, fez elogios a Gabigol e rechaçou ter tentado diminuir o Flamengo.

- Não foi má intenção. Houve uma interpretação errada. Para mim ele é um excelente jogador e em nenhum momento quis desmerecê-lo ou ao clube. Sem qualquer má intenção.

Provocações à parte, Galarza celebra o bom momento. Sabe que, para adquirir seus direitos, o Vasco terá de desembolsar até US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,3 milhões na atual cotação) no final da temporada, quando o empréstimo vence, mas só pensa em seguir evoluindo a cada jogo da equipe dirigida por Marcelo Cabo.

- Muito feliz por jogar fora do meu país em um clube tão grande. Feliz pelo momento e pela oportunidade que estou tendo, podendo ajudar a equipe. Tem o contrato com opção de compra e, para mim, o mais importante é pensar em jogar. Acredito que, se for exercida a opção de compra, será um grande passo na minha carreira. O mais importante agora é focar no futebol. Se comprarem, será pelos meus rendimentos. Não fico preocupado com isso.

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Opção fácil pelo Vasco, apesar da Covid-19 em alta no Brasil

- Quando se tem uma oferta de um clube grande como o Vasco, só pensei em ir. O Brasil era o número 1 em casos de Covid-19, não foi uma decisão fácil. Mas, para mim, foi algo lindo sair para um futebol tão competitivo como o brasileiro.

Conhecimento sobre Vasco

- Na verdade, o Vasco é um clube grande, eu já havia escutado do meu pai. É o clube do Romário e de outros grandes jogadores, foram campeões da Libertadores. Também vinham muitas notícias de Martín Silva no Paraguai.

Conquista da Copa do Brasil Sub-20

- A verdade é que foi lindo. Contra o Bahia, eu estava no Paraguai pela seleção e voltei no dia da final na Bahia (primeiro jogo da decisão). Foram umas quatro horas sem dormir. Ao meio-dia, almocei e fui para o estádio. Joguei os 90 minutos e terminei morto (risos). Depois, em São Januário, fiz meu primeiro gol com a camisa do Vasco e foi um orgulho, ainda mais sendo em uma final. Não tem explicação essa felicidade que senti.

Comparações com Modric

- Eu sou mais bonito (risos). na verdade é uma comparação que não me faz mal. Aceito, pois é um orgulho. É um ídolo e um exemplo a seguir, volante completo.

Juninho Pernambucano

- Historicamente, é um dos melhores cobradores de falta do mundo. Fez golaços com a Seleção, pelo Vasco, na França. Um jogador também muito completo e com grandes características

Destaques paraguaios no Brasil

- Tem muitos aqui. Gustavo Gómez, Balbuena, Gamarra e Romerito, por exemplo. Gostaria muito de deixar meu legado e marcar história. Que um dia as pessoas pensem que Galarza passou por aqui.



Fonte: ge