O Vasco terá em breve que definir a situação de Bruno César. Emprestado ao Penafiel-POR até junho, o meia tem mais um ano de contrato com o clube carioca e o futuro indefinido.

A parte financeira tende a pesar mais do que a questão técnica na negociação. Apesar de ter aceitado reduzir o salário em troca de um contrato mais longo, em acordo feito pela antiga gestão, no ano passado, o custo de Bruno César ainda é considerado alto no atual momento do Vasco, que passa por uma redução de gastos após o rebaixamento para Série B.

- Vamos pensar tão logo acabe o contrato dele no Penafiel. Pode ser que ele continue por lá. Do ponto de vista financeiro, ele não nos interessa. É um passivo criado que temos que honrar. Ponto. Mas se não houver uma readequação, nem olharemos a parte técnica. Se houver uma decisão de fazer um projeto parecido com o do Leandro Castan ou do Léo Matos, aí sim vamos olhar a parte técnica e pode ser que nossa resposta final seja não. Oportunamente vamos sentar e estabelecer o melhor plano possível para ele e para o Vasco - disse o diretor de futebol do Vasco, Alexandre Pássaro, na semana passada.

Sem salário desde dezembro

O Vasco ainda não manifestou aos representantes do jogador o interesse em reintegrar o Bruno, e a definição está em compasso de espera. O último contato se deu por parte dos empresários do atleta, que tentaram resolver a questão dos salários atrasados. Bruno não recebe a parte que cabe ao Vasco (70%) desde dezembro, segundo seus agentes. A situação foi encaminhada ao departamento financeiro do clube.

Bruno César vem jogando com regularidade e, desde outubro, disputou 24 jogos (20 como titular) e marcou cinco gols pelo Penafiel, oitavo colocado da Segunda Divisão de Portugal. No fim de maio, após o campeonato local, ele retornará ao Brasil para definir sua situação com Vasco.

Há algumas opções:

- Bruno César pode ser emprestado novamente ao Penafiel ou a qualquer outro clube até maio de 2022, quando acaba seu contrato com Vasco

- As partes podem antecipar o fim do vínculo e rescindir o contrato. Nesse caso, no entanto, o Vasco teria que buscar um acordo para quitar o que deve ao jogador. Além de uma dívida antiga, avaliada em R$ 4 milhões antes do acordo no ano passado, Bruno César não recebe os 70% de seu salário que cabem ao Vasco desde dezembro do ano passado.

- Bruno pode ser reintegrado ao elenco, disputar a Série B e cumprir seu contrato até maio do próximo ano. Nesse caso, no entanto, o jogador teria de aceitar uma readequação salarial, além de receber o aval da comissão técnica de Marcelo Cabo, que avaliaria a questão técnica.

Bruno César foi contratado em janeiro de 2019 com status de grande reforço. Porém, não conseguiu se firmar e terminou aquela temporada como reserva. No início de 2020 ele foi afastado e autorizado a procurar um novo clube. Em maio, no entanto, entrou em acordo com o Vasco, aceitou reduzir o salário e renovou até maio de 2022.

Na ocasião, a extensão do contrato permitiu ao Vasco o alongamento da dívida, na época avaliada em R$ 4 milhões, referente a salários na carteira de trabalho e imagem. No acordo, o jogador aceitou reduzir o salário em cerca de R$ 100 mil por mês em troca de um novo vínculo até maio de 2022.



Fonte: ge