Alex Evangelista fala sobre processo contra Campello, que prefere não comentar decisão da Justiça
Presidente do Vasco no triênio 2018/2019/2020, Alexandre Campello foi condenado a pagar R$ 60 mil a Alex Evangelista, coordenador científico do Vasco entre 2015 e 2018. A sentença proferida pela juíza Monica de Freitas Lima Quindere, da 5ª Vara Cível do Tribunal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro ainda determinou que Campello faça uma retratação em rede sociais e devolva o equipamento VERTMAX V8 LARGE, que fazia parte da estrutura do CAPPRES (Centro Avançado de Prevenção e Reabilitação Esportiva).
O Vasco também é réu na ação, mas não está abrangido nas multas, somente à devolução do material por ser portador do mesmo.
A ação ajuizada por Evangelista, defendido por Leonardo Rodrigues, advogado do grupo político Casaca, narra que Campello, em 2018, acusou o ex-fisioterapeuta do clube de ter se apropriado indevidamente do VERTMAX V8 LARGE, em entrevista como presidente do clube.
A decisão deu-se em primeira instância, e Alexandre Campello pode recorrer. Leonardo Rodrigues celebrou o resultado obtido em primeira instância. A sentença ainda determina que Campello, antecessor de Jorge Salgado, devolva material de antigo centro de recuperação em cinco dias, sob pena de R$ 100 de multa diária.
- A sentença restabelece a verdade. Campello mentiu na entrevista e também na defesa. A máscara caiu. Ele faltou com a verdade e valeu-se da sua posição à frente do Vasco para atentar contra a honra do Alex por dois motivos: revanchismo de um passado não muito distante e tentativa de angariar capital político. Pagará agora o preço de sua leviandade e irresponsabilidade, afinal seguimos confiantes que, mesmo em caso de recurso, a decisão restará referendada. Por responsabilidade, nossa essa conta será exclusiva do Alexandre e não recairá sobre as costas do Almirante. As pessoas precisam ser responsabilizadas por seus atos - afirmou Leonardo Rodrigues.
Autor da ação, Evangelista afirmou que, embora a decisão se dê em primeira instância, ele acredita que tal sentença se confirme mesmo em caso de recurso de Campello.
- Eu fui covardemente agredido na minha honra. Poderia ter respondido na mesma moeda, mas não. Por confiar na Justiça, optei pelos caminhos legais. Poderia, também, simplesmente ter me valido do fato de competir ao acusador a obrigação de provar a veracidade da acusação. Mas fui além. Em razão do valor da minha honra, eu provei não só que as acusações eram levianas. A sentença é clara: através de documentos, eu demonstrei que ele estava mentindo. Claro, ainda é uma decisão de primeira instância, mas confio na Justiça. O mais importante é ter restabelecida a verdade e a minha dignidade - completou Evangelista.
No processo, a defesa de Campello alegou que "não há provas dos danos morais alegados", mas a juíza entendeu que os comentários do então presidente "por si só são capazes de macular a imagem do profissional". Procurado pelo ge, o ex-presidente do Vasco não quis comentar a sentença. Campello vai consultar seu advogado, e a tendência é que recorra da decisão.
Alex Evangelista também sustentou que não eram verdadeiras as informações de Campello de que havia levado todo o banco de dados a respeito dos atletas do Vasco.
O fisiologista também explicou, em sua defesa, que outros equipamentos estavam emprestados ao clube em contrato de comodato com outras empresas, sob sua responsabilidade.
Fonte: ge