Carlos Alberto: 'É sofrido. Até voltar à Série A, tem várias etapas muito difíceis'
Quarta-feira, 24/03/2021 - 08:22
Aspas do CA 19.
"É sofrido. Até voltar à Série A, tem várias etapas muito difíceis. Se o clube não estiver organizado, é muito difícil. A única vez que subiu campeão foi em 2009, quando estive no projeto. É um clube histórico e lamentamos muito o time estar nessa situação. Em pouco tempo, caiu quatro vezes. Um clube da grandeza do Vasco... lamentamos muito por isso."
"No Carioca, está em penúltimo lugar. É importante as vitórias voltarem para o torcedor ganhar confiança. No estadual, a situação já é preocupante."
"Não sinto saudade nenhuma da rotina, de acordar cedo para treinar. Sinto falta do dia dos jogos."
"O campeão foi o Corinthians, mas poderia ter sido o Vasco. Foi uma final antecipada. Sabíamos que quem passasse seria campeão. O Santos não sabia sofrer em campo. Poderíamos ter vencido a Libertadores e, quem sabe, um Mundial de Clubes. A equipe era muito técnica e competitiva, mesmo passando por problemas de salários atrasados."
"Não é fácil conviver com salários atrasados. Mexe com o clube, no geral. Os jogadores sofrem, todo mundo tem contas para pagar e faz o orçamento baseado no que tem de renda. É complicado. Mas aquele grupo sabia exigir. Passamos a não concentrar e fazer algumas coisas que achávamos cabíveis para não sentirmos tanto essa questão dos salários."
"Lá fora, é outra vida. Lá, você tem uma organização que os clubes daqui não tem. O profissional é cobrado pelo que ele faz no campo, dificilmente tem protestos de torcedores. Lá fora, as coisas funcionam. E esse é o caminho. E vemos um rival que é o Flamengo que seguiu essa linha e conseguiu títulos."
"O Vasco, que não tem um poder econômico tão forte, mas pode vir a ter com algum parceiro."
"Falta (tesão e comprometimento com a camisa do Vasco). Em 2009, os jogadores já eram mais experimentados. Prass, Ramon, Titi que veio do Inter. O elenco era bem competitivo para a Série B. Anos depois, era um elenco que todos gostariam para uma Série A. Tinha o Fágner e vários apareceram para o cenário nacional."
"O Fluminense é a minha mãe que me pariu, e o Vasco é a mulher que me pariu."
"Tudo que eu fazia eu pensava no sofrimento dos torcedores."
"(O Real Madrid) não ganharia (a Série B com Vasco, Botafogo e Cruzeiro), porque nunca viria aqui jogar."
"Viver aqui com salário atrasado, jogar no Sul e depois ir pra Belém do Pará, jogar em campos que não são aquela maravilha. Essa logística não é fácil."
"A próxima Série B vai ser mais difícil do que a da minha época. Não foi fácil, o caminho foi difícil, pegamos a liderança só no segundo turno, mas vendo todos esses postulantes ao acesso... o sarrafo subiu."