Certa vez, em uma paródia de um funk, a torcida pediu: "Só não tira o Pikachu do Vasco". Em 2021, porém, em meio a uma reformulação no elenco, o lateral direito foi comunicado que não faz mais parte dos planos. Em mais de cinco temporadas vestindo a camisa cruz-maltina, foi xodó, curinga e atingiu alguns números expressivos, deixando o nome na história do clube de São Januário.
Pikachu chegou à Colina em 2016, após boa temporada pelo Paysandu, e já com um tom meio folclórico devido ao apelido, inspirado em um personagem do anime japonês Pokémon.
"O Vasco está me dando uma oportunidade de crescer. Um clube dessa grandeza. Conversei com meus familiares e achamos que era o melhor. Só tinha jogado no Paysandu. Tudo é novo. Chegar em outro Estado é muito diferente. A cultura, a cidade, o trânsito... É complicado. Aos poucos, vou me adaptando", disse, na apresentação, em janeiro de 2016.
Titular na lateral nos primeiros anos no clube, se tornou ponta com o técnico Jorginho, ou "Jorgíneo", como disse em uma entrevista que viralizou na internet. Ele chegou até mesmo a atuar de meia em algumas oportunidades.
Em alta, no começo de 2018, ganhou uma música. Em versão do funk "Não encosta", de Ludmilla e DJ Will 22, os torcedores cantavam: "Pode tirar tudo que eu tenho / pode falar tudo que eu faço / mas eu só te faço um pedido / só não tira o Pikachu do Vasco".
Ao todo, foram 253 jogos, 40 gols e 20 assistências pelo time carioca. Pikachu deixa o Vasco como lateral com mais gols da história do clube e jogador com mais partidas no século XXI. Além disso, foi o artilheiro da equipe nas temporadas 2018 e 2019. Era, até então, integrante do atual elenco com mais gols, jogos e assistências.
Após a queda para a Série B do Campeonato Brasileiro e prevendo ainda menos receitas para o ano, o Cruz-Maltino vem realizando mudanças no departamento de futebol, tanto na estrutura da pasta quanto no elenco. A tendência é que a comissão técnica e a diretoria analisem o mercado para reforços para o setor.
Fonte: UOL