Pelé apoiou Salgado na eleição de 1997 e se afastou do Vasco após vitória de Calçada e Eurico, revela jornalista
Quarta-feira, 03/03/2021 - 07:41
gilmarferreira
|UM SÓCIO REAL...
Precisou esperar o final da era Eurico Miranda para que o Vasco pudesse resolver as rusgas que o afastavam de seu admirador mais ilustre: Pelé. O "Rei" não se permitia à aproximação com o clube por causa dos embates políticos com o cartola vascaíno. Eurico, todo poderoso vice de futebol e deputado federal, era crítico feroz do ministro de esportes Edson Arantes do Nascimento, autor da Lei que mudou a relação dos clubes com os jogadores. Bem a seu estilo, o dirigente questionava o conflito de interesses de Pelé por sua participação na "Pelé Sports". E, nesta batalha, aliou-se ao presidente da CBF, Ricardo Teixeira, antigo desafeto de Pelé, capitaneando a chamada "bancada da bola", em Brasília. Os ataques pessoais fizeram com que o "Rei" anunciasse publicamente apoio à candidatura de Jorge Salgado à presidência do clube, em 1997. A vitória da chapa Antônio Soares Calçada/Eurico Miranda e em seguida a conquista do título do Brasileiro implodiram de vez a aproximação entre Vasco e Pelé. Relação ainda mais explosiva depois que Hélio Vianna, presidente da Pelé Sports, assinou contrato de parceria com o Flamengo para intermediação de contrato de patrocínio milionário da gigante ISL. Polido, Pelé nunca expôs detalhes da mágoa que carregou durante anos, mas driblou as pálidas tentativas da reaproximação com a maestria de sempre. Com um detalhe: sem nunca negar a ligação afetiva com o Vasco, sua primeira paixão, antes de ser adotado pelo Santos, aos 13 anos. Vasco, aliás, que ele chegou a defender, aos 16, vestindo a cruz de malta num torneio amistoso disputado pelo combinado Vasco/Santos. O marco dos 80 anos de Pelé e o final da era Eurico Miranda facilitaram essa reaproximação histórica. A ideia inicial era recebe-lo para homenagem presencial em solenidade no Salão de Troféus de São Januário. Num primeiro momento, o estado de saúde de Pelé impossibilitou o encontro. E com as consequências da pandemia, o acordo de paz acabou eternizado na concessão de título de sócio honorário, com direito à carta oficial e recortes retratando a história do "Rei" com seu clube do coração...
#futebol
Fonte: Instagram do jornalista Gilmar Ferreira/Extra
|UM SÓCIO REAL...
Precisou esperar o final da era Eurico Miranda para que o Vasco pudesse resolver as rusgas que o afastavam de seu admirador mais ilustre: Pelé. O "Rei" não se permitia à aproximação com o clube por causa dos embates políticos com o cartola vascaíno. Eurico, todo poderoso vice de futebol e deputado federal, era crítico feroz do ministro de esportes Edson Arantes do Nascimento, autor da Lei que mudou a relação dos clubes com os jogadores. Bem a seu estilo, o dirigente questionava o conflito de interesses de Pelé por sua participação na "Pelé Sports". E, nesta batalha, aliou-se ao presidente da CBF, Ricardo Teixeira, antigo desafeto de Pelé, capitaneando a chamada "bancada da bola", em Brasília. Os ataques pessoais fizeram com que o "Rei" anunciasse publicamente apoio à candidatura de Jorge Salgado à presidência do clube, em 1997. A vitória da chapa Antônio Soares Calçada/Eurico Miranda e em seguida a conquista do título do Brasileiro implodiram de vez a aproximação entre Vasco e Pelé. Relação ainda mais explosiva depois que Hélio Vianna, presidente da Pelé Sports, assinou contrato de parceria com o Flamengo para intermediação de contrato de patrocínio milionário da gigante ISL. Polido, Pelé nunca expôs detalhes da mágoa que carregou durante anos, mas driblou as pálidas tentativas da reaproximação com a maestria de sempre. Com um detalhe: sem nunca negar a ligação afetiva com o Vasco, sua primeira paixão, antes de ser adotado pelo Santos, aos 13 anos. Vasco, aliás, que ele chegou a defender, aos 16, vestindo a cruz de malta num torneio amistoso disputado pelo combinado Vasco/Santos. O marco dos 80 anos de Pelé e o final da era Eurico Miranda facilitaram essa reaproximação histórica. A ideia inicial era recebe-lo para homenagem presencial em solenidade no Salão de Troféus de São Januário. Num primeiro momento, o estado de saúde de Pelé impossibilitou o encontro. E com as consequências da pandemia, o acordo de paz acabou eternizado na concessão de título de sócio honorário, com direito à carta oficial e recortes retratando a história do "Rei" com seu clube do coração...
#futebol
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Fonte: Instagram do jornalista Gilmar Ferreira/Extra
