Aproveitamento do Vasco diante de adversários diretos na luta contra o rebaixamento é de 44%
Domingo, 07/02/2021 - 09:29
O Vasco tem partida importantíssima na próxima quarta-feira, no Ceará, contra o Fortaleza. Trata-se de confronto direto e, por isso, o departamento de futebol montou esquema de decisão. E os jogos com equipes que lutam pelo mesmo objetivo - a permanência na Série A - têm sido uma pedra no sapato.

O aproveitamento é ruim: 44%. Venceu o Botafogo, e bem, por 3 a 0, mas foi derrotado pelo Coritiba por 1 a 0 e empatou sem gols com o Bahia. Em comum o local de jogo: São Januário.

Exceção ao jogo com o Botafogo, em que apresentou bom futebol, sobrou em volume, posse de bola (59%) e em finalizações (19 a 10), o Vasco cometeu erros semelhantes contra Coxa e Bahia.

Diante do Coritiba, Henrique, um dos mais regulares vascaínos na temporada, tomou decisão inexplicável e deixou o braço no rosto de Sarrafiore com apenas 29 minutos de jogo. Após consulta ao VAR, o árbitro o expulsou.

Se o Vasco já não jogava bem, piorou após ser vazado - aos 43 da etapa inicial -, não conseguiu penetrar e as finalizações foram escassas.

Até teve mais posse de bola, teve duas ótimas chances com Cano que foram paradas por grandes defesas de Wilson, mas terminar com nove finalizações (contra 14 do adversário) foi muito pouco para quem precisava virar.

Expulsão mais tardia, e atuação tão pobre quanto contra o Bahia

Talvez num dos piores jogos do Vasco sob o comando de Luxa, o time teve uma dificuldade imensa de sair do ferrolho montado pelo Bahia.

O Vasco novamente foi paupérrimo no quesito finalizações: apenas oito. Só duas com relativo perigo, de Benítez e Catatau, ambas no segundo tempo.

A expulsão aconteceu somente aos 34 minutos da etapa final num lance ocasional. É verdade que Leandro Castan não foi maldoso e tentava o gol, mas o próprio Vanderlei Luxemburgo falou em "imprudência no lance" - o zagueiro atingiu o goleiro Douglas com uma solada no rosto.

Após o vermelho, Luxa teve de recompor o sistema defensivo, trocou três peças, e o Vasco, que já não era muito agressivo, tornou-se desorganizado e inofensivo.

Com quatro dias até o duelo com o Fortaleza, na quarta-feira, às 19h15, no Castelão, Luxa terá de quebrar a cabeça para fazer com que o Vasco volte a criar oportunidades. Pois nem sempre tudo acontecerá como no jogo contra o Atlético-MG, no qual finalizou seis vezes e marcou três gols.

Será necessário também cabeça no lugar para evitar tomadas de decisões precipitadas como as de Henrique e Castan. Por isso, Luxa e departamento de futebol mudaram a programação para o próximo compromisso a fim de unir o grupo, blindá-los da pressão externa e tirar o maior proveito possível dos treinamentos antecedentes ao duelo com o Fortaleza.



Fonte: ge