Pressionado internamente a demitir Ricardo Sá Pinto, Campello agenda reuniões com Salgado e Leven Siano
As más atuações, a falta de resultados e o risco de rebaixamento no Brasileirão são alguns dos ingredientes da crise vivida pelo Vasco. Há mais, porém. O presidente Alexandre Campello sofre pressão interna para demitir o técnico Ricardo Sá Pinto e, neste cenário, prepara a transição do cargo em uma indefinição política que persiste há um mês.
Por ora, Sá Pinto continua à frente do time - Campello mantém o discurso de que não cederá a pressões. O próximo duelo é diante do Fluminense, domingo, em São Januário, mas não será surpresa se houver mudança nesta segunda-feira. Algumas correntes no clube defendem a saída imediata do treinador - com ele, o time venceu dois dos 12 jogos que disputou até agora.
Depois de anunciar publicamente que conversou com Luiz Roberto Leven Siano e Jorge Salgado, os candidatos mais votados nas eleições presencial e online, respectivamente, Campello deu o pontapé inicial na transição. Foi agendado para quarta o encontro com Leven. Ainda não há data para o encontro com Salgado.
Serão reuniões presenciais. Individuais. No domingo, após a derrota para o Grêmio por 4 a 0, a segunda goleada consecutiva no Brasileiro, intercalada pela eliminação da Sul-Americana, Leven e Salgado se manifestaram.
Leven propôs que todos os agentes políticos aceitem o resultado do julgamento do dia 17 de dezembro (veja acima). Será quando os desembargadores da Primeira Câmara Cível vão decidir se o pleito presencial, realizado em 7 de novembro, terá validade.
Salgado disse que não é parte no processo que será julgado (veja abaixo). E se colocou à disposição para construir uma solução em conjunto - em 16 de novembro, ele apelou a Leven para que retirasse as ações na Justiça.
Posteriormente, Leven mostrou não gostar da manifestação de Salgado:
A eleição que vai definir o novo presidente do Vasco está judicializada. Uma votação presencial ocorreu em 7 de novembro, em São Januário, mas foi interrompida antes do fim devido a uma liminar do STJ. Na ocasião, Leven Siano, da chapa Somamos, foi o mais votado.
Com a votação do dia 7 invalidada, uma nova eleição, dessa vez virtual, ocorreu uma semana depois, em 14 de novembro, sem a participação de Leven e outros dois candidatos (Alexandre Campello e Sérgio Frias). Jorge Salgado (Mais Vasco) foi o mais votado. Minutos depois da apuração dos votos, no entanto, o STJ cassou a liminar do dia 7 e determinou que o caso retornasse ao TJ-RJ.
Fonte: ge