Vasco volta à Argentina, país que faz parte de capítulos importantes dos seus últimos títulos internacionais
Quarta-feira, 25/11/2020 - 13:04
Após mais de dois anos e com desfalques importantes por conta de Covid-19, o Vasco volta à Argentina, dessa vez para enfrentar o Defensa Y Justiça, nesta quinta, pelas oitavas da Copa Sul-Americana. O país fez parte do roteiro e teve capítulos importantes nas últimas conquistas internacionais do clube. E é num passado nem tão distante, mas que deixa saudade no torcedor vascaíno, que o time de Sá Pinto busca inspiração para voltar a voar alto em torneios internacionais.

Já se passaram duas décadas do último título internacional do Vasco: a Copa Mercosul, em 2020. Quando se fala naquela conquista, logo vem à mente a virada épica sobre o Palmeiras, por 4 a 3, na decisão. Menos lembrada, mas certamente marcante, foi a semifinal diante do River Plate, quando o Vasco goleou por 4 a 1, no Monumental de Nuñez.

Esse jogo completou 20 anos no domingo (22). Eram outros tempos, o Vasco era uma máquina dentro de campo, formou a base da Seleção um mês antes, diante da Venezuela e, além da Mercosul, faturou o Campeonato Brasileiro poucas semanas depois.



Embalado por uma classificação contra o Flamengo nos últimos minutos na fase anterior, o River entrou em campo com nomes badalados, como Eduardo Coudet (ele mesmo, ex- técnico do Inter), Pablo Aimar, Ortega e Saviola. Os vascaínos, no entanto, não ficavam atrás, com craques como Romario, Pedrinho, Juninho Paulista, Juninho Pernambucano, Mauro Galvão, entre outros.

O Vasco abriu 4 a 0, com gols de Romário, Junior Baiano, Juninho Paulista e Pedrinho. Saviola descontou no fim. No jogo de volta, uma semana depois, em São Januário, uma vitória mais modesta, por 1 a 0, ratificou a presença do time carioca na decisão contra o Palmeiras. Juninho Paulista, aproveitando passe de Euller, fez o único gol da partida.

Juninho cala o Monumental

Dois anos antes, na penúltima conquista internacional do Vasco, o empate por 1 a 1 com o River Plate em Buenos Aires, pela semifinal da Libertadores, marcou a trajetória do título mais expressivo do clube.

Para a maioria dos torcedores vascaínos, aquele jogo foi mais importante do que a própria decisão da Libertadores, contra o Barcelona-EQU. A classificação na Argentina foi uma espécie de final antecipada, e o belo gol em cobrança de falta de Juninho Pernambucano virou música e é lembrado até hoje nas arquibancadas de São Januário: "Gol do Juninho, Monumental".

Classificação nos pênaltis e goleadas

Nem só de boas lembranças, no entanto, vive o torcedor do Vasco em relação a jogos na Argentina. Após as atuações memoráveis contra o River Plate em 1998 e 2000, o time carioca passou por maus bocados no país, mas também teve o que comemorar.

O desmanche já era uma realidade no Vasco que marcou época entre 1997 e 2000, mas em 2001 o clube ainda contava com alguns craques. Tanto que o time conseguiu avançar às quartas da Libertadores. Pelo caminho, no entanto, encontrou o Boca Junior de Riquelme, sucumbiu com uma derrota por 3 a 0 na Bombonera e deu adeus ao sonho do bicampeonato.



Onze anos depois, em 2012, o Vasco retornou à Argentina para em outra fase de mata-mata da Libertadores. Após vencer o Lanús por 2 a 1 no Rio de Janeiro, pelas oitavas de final, o time comandado por Cristóvão Borges foi derrotado pelo mesmo placar no estádio La Fortaleza. Nos pênaltis, no entanto, o Vasco converteu todas suas cobranças com Felipe, Juninho, Carlos Alberto, Renato Silva e Alecsandro e avançou para a fase seguinte. Nas quartas de final, caiu para o Corinthians.

A última passagem pela Argentina não traz boas recordações. De volta à Libertadores em 2018, o time foi goleado por 4 a 0 pelo Racing, no estádio El Cilindro. O adversário, comandado por Lautaro Martínez – hoje astro da Inter de Milão – não tomou conhecimento da equipe comandada por Zé Ricardo. O resultado poderia ser ainda pior. Martín Silva defendeu duas cobranças de pênaltis e evitou uma goleada catastrófica.

Do atual elenco, Pikachu e Henrique estiveram em campo no El Cilindro. Fora da viagem por ter sido diagnosticado com Covid-19, Werley ficou no banco. Em 2018, o time argentino e o Cruzeiro avançaram de fase, e o Vasco ficou na terceira colocação, em um grupo que ainda contava com a Universidad de Chile.

Fonte: ge