Confira outros tópicos da entrevista coletiva de Ricardo Sá Pinto após Vasco 0 x 0 Fortaleza
Quinta-feira, 19/11/2020 - 21:52
Em jogo atrasado da 16ª rodada, o Vasco desperdiçou a chance de se afastar do Z-4 do Campeonato Brasileiro e só empatou por 0 a 0 com o Fortaleza em São Januário, na noite desta quinta-feira. Em entrevista coletiva, o técnico Ricardo Sá Pinto, porém, minimizou o tropeço em casa e preferiu valorizar o ponto somado:
- Quando não se pode ganhar, não podemos perder. Estamos há não sei quantos jogos sem sofrer gols. Claro que queríamos ganhar, os três pontos interessavam, enfim... Poderíamos ter marcado, tivemos várias oportunidades, mas eles também tiveram, são uma boa equipe. (...) Poderíamos ter ganho, mas eles também poderiam. Não podemos fazer de uma forma leviana porque só os três pontos é que valem. Temos que ganhar, mas não podemos perder. Não estou contente com o resultado, mas não foi possível. Temos que tirar o melhor do que foi possível.
Com o empate, o Vasco permaneceu em 16º lugar, agora com 23 pontos, mesma pontuação do Bragantino, que abre a zona de rebaixamento. O time volta a campo no domingo, quando visitará o São Paulo às 16h (de Brasília), no Morumbi.
Veja outras resposta de Sá Pinto
SUBSTITUIÇÃO DE LÉO GIL
- Tática não. Se eu puder manter o Léo Gil, eu mantenho. Porque realmente é um jogador de qualidade, que acrescenta muito à equipe. Estava em fadiga, o jogo estava muito perdido, seja do lado ou do outro, a qualquer altura podia fazer o gol. Se o jogo está por cima, o Léo tá dentro do jogo. Poderia ser o Andrey, mas é mais um volante defensivo, que equilibra bem a equipe, é mais forte no jogo aéreo, forte nos duelos, enfim... O Léo muito mais forte na fase pressão, criação de jogo. Foi uma opção vide à fadiga, não pelo rendimento, mas alguma coisa tinha que fazer porque não tinha o controle do jogo. Quando não temos o controle do jogo custa muito oferecer de rodar a equipe.
DESFALQUES POR COVID-19
- Quatro ou cinco jogadores eram titulares da minha equipe. Outros entravam com frequência. Benitez, Miranda, Carlinhos e Castan... São jogadores com papel fundamental na equipe. Já somos poucos, imagina quando perdemos. Não é fácil gerir isso tudo. Esse campeonato não tem sido muito justo para algumas equipes, não só para minha. É torcer para que voltem rápido porque precisamos deles.
TALLES MAGNO E JUNINHO
- Jogadores importantes em termos ofensivos que contamos muito ofensivamente não estão conseguindo, como o Talles. É importante também esperar que ele possa voltar ao jogo dele. Não mudamos ele de posição. Outro caso que quero ajudar é o Juninho, mas que taticamente ainda precisa evoluir muito. Quando tiver o controle do jogo e pensar mais tranquilo. São alguns jogos que a equipe não perde facilmente, há coisas positivas que podemos tirar desse jogo. Todos querem ganhar. Hoje, a chuva, o estado do campo também pesaram. Temos um jogo difícil contra o São Paulo, adversário difícil. Vamos acreditar que podemos fazer um bom resultado na melhor forma possível.
PIKACHU
- Gostei do jogo do Pikachu, fez um bom jogo. Equilibrado, lutou, defendeu. Naquela posição, ele conhece bem, fez muito gols ali. Juninho estava parado, não está para 90 minutos, vai ser opção. Temos que perceber contra quem jogamos. Não temos a mínima duvida de que ele ofensivamente é um dos melhores jogadores. Em jogos que eu preciso defender, vou colocar o Juninho? Não é um jogador de corredor. Obrigar ele a fazer coisas que ele ainda não pode fazer é complicado. Vamos aguardar com calma e ajudá-lo. Já vimos casos de jogadores que não jogavam há sete meses, como o Werley, e que responderam bem.
BRIGA CONTRA O Z-4
- Vai ser uma luta até o final. Espero que não seja uma luta na parte de baixo, se ganhássemos estaríamos no 10º lugar. Falta ainda muita coisa, logicamente. Essas baixas de Covid-19, cartões, têm sido difíceis. Não sou uma pessoa de dar desculpas. Tenho que valorizar o que eu tenho e acreditar que eles vão conseguir o resultado positivo. É o que queremos e acreditamos.
FORTALEZA
- O adversário baixou bem os blocos na entrada da área. O que dificultou a capacidade de profundidade do Neto (Borges) e do Léo. Criaram uma dificuldade para entrar pelas costas da linha defensiva, que era nossa estratégia. Tivemos três ou quatro cruzamentos perigosos que poderiam ter saído o gol. Notamos que o Neto não estava tão descansado nesse jogo. É um adversário que tem bons jogadores, se fechou bem, é organizada, tem jogadores rápidos. Se quiserem desvalorizar o Fortaleza, eu não desvalorizo. É uma boa equipe, como todas são. Por isso, vai ser difícil até o final.
Fonte: ge