Mussa: 'A ata que vai funcionar é a do presidente da Assembleia. Estou fazendo essa eleição por determinação do ministro'
As eleições para presidente do Vasco da Gama que começaram às 9h (de Brasília) deste sábado sofreram um pedido de impugnação por parte de sócios e conselheiros opositores a Faues Mussa, presidente da Assembleia Geral do Clube. A ata com o pedido para que o pleito fosse impugnado foi levado por eles à Sede do Calabouço, no Centro do Rio. Enquanto isso, as votações continuam com Jorge Salgado (Mais Vasco) e Julio Brant (Sempre Vasco) como os dois únicos candidatos.
O grupo de opositores é formado por Roberto Monteiro e Sergio Romay, respectivamente presidente vice do Conselho Deliberativo do Vasco; Alcides Martins, VP da Assembleia Geral, e Rafael Landa, membro do Conselho Fiscal do clube. Eles se recusam a assinar a ata oficial das eleições deste sábado e, em vez disso, entregaram uma ata paralela abrindo e encerrando os trabalhos.
Eles reconhecem o resultado das eleições do último sábado, cuja maioria dos votos foi para Leven Siano.
Presente na Sede do Calabouço, Mussa explicou que as eleições seguem como combinado por determinação do ministro do Superior Tribunal de Justiça, Humberto Martins.
- A ata que vai funcionar é a do Presidente da Assembleia. Estou fazendo essa eleição por determinação do ministro, que deu ordem para que fosse feito. Estou cumprindo a ordem judicial. Vamos até 22h, se Deus quiser. E que tudo corra bem. O Vasco precisa de tranquilidade. Infelizmente, não é isso que está acontecendo. O presidente do Conselho não está querendo colaborar, não quis assinar essa ata. Eu também não assinei a dele paralela. Só isso que tenho para falar - concluiu Mussa.
O candidato do Julio Brant, da Sempre Vasco, também falou com a imprensa e se disse confiante de que o imbróglio em nada vai atrapalhar as eleições.
- O Vasco marcou e remarcou as eleições, isso foi confirmado pela Justiça. Estamos confiantes de que hoje o vencedor vai ser eleito presidente do Vasco. Eu estou fora dessa confusão, esse é um problema do Vasco. Estou aqui como candidato. A princípio, como a gente soube, o Vasco recorreu, e a decisão tomada é favorável ao Vasco. Ou seja, de realizar o pleito hoje - disse Brant.
Relembre o que aconteceu nos últimos dias
Nesta sexta-feira, Leven Siano (Somamos) entrou com mandado de segurança para evitar a eleição neste sábado. Candidato mais votado no sábado passado, em pleito presencial, em São Januário, ele entende que deve ser reconhecido o presidente do clube. Ainda na sexta, recorreu ao Supremo Tribunal Federal com uma reclamação constitucional, porém a ministra Cármen Lúcia não deu seguimento ao processo.
A polêmica teve início na noite da sexta-feira (6/11) da semana passada, quando a Justiça determinou que a eleição do Vasco acontecesse na manhã do dia seguinte, sábado (7/11). O pleito teve início às 9h55 e tinha previsão de terminar às 22h. Porém, no começo da noite, uma decisão do presidente do STJ, Humberto Martins, mandou suspender a votação.
Mesmo com a decisão do STJ, a mesa diretora da Assembleia Geral decidiu prosseguir o pleito. Pouco depois das 22h, quando ainda havia sócios na fila para votar, as luzes de São Januário foram apagadas e a votação encerrada. As urnas, em um primeiro momento, foram lacradas. Porém, a mesa diretora da Assembleia Geral não achou lugar para deixá-las e resolveu fazer a contagem às 2h.
Nesse momento, apenas apoiadores dos candidatos Leven Siano e Sérgio Frias continuavam na sede. Os correligionários de Alexandre Campello, Jorge Salgado e Julio Brant já tinham ido embora, assim como os três candidatos. Leven Siano foi o mais votado.
Fonte: ge