Devido a paralisação por causa da pandemia global do Coronavírus, as meninas do Vasco feminino voltam a campo hoje (26), contra o Atlético-MG, em partida válida pela segunda rodada do Brasileirão A2. Com isso, o Vasco Feminino conversou com a auxiliar de preparação física Alexandra Cardoso para saber como foi o trabalho feito com as jogadoras com a interrupção dos jogos e treinos.

Alexandra comentou que o maior desafio foi fazer com que as atletas continuassem com a mesma preparação e o mesmo condicionamento de antes pois houve uma paralisação no meio do trabalho da comissão. "A maior dificuldade é fazer com que as meninas tenham a resistência e o condicionamento que elas tinham antes da paralisação e que serão melhoradas nos dias de treino", afirma.

A internet foi uma grande aliada para que as meninas não fossem tão prejudicadas fisicamente e pudessem voltar sem grandes dificuldades aos treinos. Foram feitos treinos por meio de aplicativos para que de casa as jogadoras conseguissem realizar os exercícios necessários.

"A nossa antiga preparadora, a Jaque (agora preparadora física do América-MG) e toda a comissão esteve presente em dia de treinos por meio de aplicativo de segunda a sexta. Mesmo que não tivesse treinos específicos para campo esses treinos fizeram com que as meninas voltassem aos gramados com um risco menor de se lesionar", diz Alexandra.

Muito se discute se existe uma diferença entre a preparação física do masculino e feminino. Há quem acredite que os homens têm uma preparação mais forte que as mulheres, mas segundo Alexandra os treinos são quase sempre os mesmos. A maior diferença é a quantidade de hormônio, que nas mulheres é maior, fazendo com que fatores como perda de peso seja mais difícil para as atletas.

"A maior diferença são os hormônios, porque o homem tem muito mais facilidade em perda de peso e essas coisas, a mulher tem um maior fator hormonal, que é natural, faz com que a mulher tenha uma maior quantidade de massa gorda, então temos que trabalhar nessa perda de peso, para que elas consigam ter uma maior resistência e um maior desempenho", explica a auxiliar.

O horário dos jogos do futebol feminino gera uma grande discussão, muitos torcedores acreditam que o horário é ruim, pois é no meio da tarde, no pico do calor e do sol, fazendo com que as atletas tenham um desgaste maior. Para Alexandra há o desgaste, mas é normal e eles fazem um trabalho para não prejudicar as meninas. "É normal ter o desgaste em dias de jogos com sol muito forte, mas a gente tem um cuidado com as meninas para que nada aconteça com elas. E sempre tem um médico e uma ambulância se for necessário".

Segundo Alexandra, o Vasco disponibiliza uma ótima estrutura e uma equipe muito qualificada para o crescimento do trabalho com as atletas. "O Vasco da todo o suporte, as mulheres podem usar a academia, utilizam o CT de Caxias, podem usar a base no Vasco, temos médico, fisiologia, fisioterapeuta. O Vasco dá todo o suporte e tudo o que elas precisarem".

O Cruz-Maltino entra em campo hoje, as 15h, no horário de Brasília no estádio Nivaldo Pereira, com transmissão no aplicativo MyCujoo. O Vasco faz parte do Grupo E no Brasileirão A2, ao lado do Galo, Goiás, Botafogo, Real Brasília e Vila Nova-ES.



Fonte: Blog Vasco Feminino