Delegação do Caracas espera quase 10h em aeroporto por autorização para entrar no Brasil
Adversário do Vasco nesta quarta-feira pela Copa Sul-Americana, o Caracas teve que aguardar por nove horas no aeroporto da capital venezuelana antes de embarcar para o Rio de Janeiro. O voo fretado sairia às 11h, no horário local. Mas a decolagem deve ocorrer somente às 21h (22h, no horário de Brasília).
Com o atraso, o Caracas deve chegar ao Rio de Janeiro na madrugada desta terça-feira. A partida contra o Vasco é nesta quarta-feira, às 21h30 (de Brasília), em São Januário. A equipe enfrentou o Zamora e venceu por 1 a 0 no último domingo, em Barinas, no interior da Venezuelana, pela liga local.
Nas redes sociais do clube, há o registro da saída da delegação da cidade, que fica a 418 quilômetros de Caracas. A viagem seguiria a partir da capital venezuelana, mas o clube foi impedido de decolar.
Duas pessoas do Caracas, que não quiseram se identificar, disseram ao ge que autoridades aeronáuticas brasileiras não haviam autorizado a viagem.
O ge ouviu a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Os dois órgãos alegaram que não têm competência para legislar em outro país e impedir a decolagem de um voo em território estrangeiro. A autorização teria vindo apenas depois de intervenção da Conmebol.
Experiente volante do Caracas, Ricardo Andreutti publicou nas redes sociais um registro das primeiras horas do atraso. Ele respondeu questionamentos do ge e fez questão de ressaltar que o problema é recorrente no país, que sofre grave crise financeira e política há alguns anos.
– É uma situação que se repete e se repete no país. O que se pode dizer sobre o motivo? É algo que nós venezuelanos sofremos, a inoperância, a incapacidade. Todo o trâmite que deveria ser normal, não é. Nem sequer para um jogador. Esse tipo de situação é o que faz que a dinâmica de um país normal não flua como deveria ser – comentou Andreutti.
No início do ano passado, Andreutti liderou um movimento no futebol venezuelano contra as más condições no esporte causadas pela crise no país.
Fonte: ge