Campello, Salgado, Julio Brant e Sérgio Frias respondem perguntas sobre suas candidaturas à presidência do Vasco
Sábado, 24/10/2020 - 04:25
Em novembro, o Vasco fará mais uma eleição em seus 122 anos de história que decidirá os rumos do clube no próximo triênio 2021 – 2023.
Sabendo a enorme importância que a eleição possui, o SuperVasco preparou uma entrevista especial com os principais postulantes à presidência do Vasco. No dia 17/10, disponibilizamos em nosso site um formulário para que os vascaínos pudessem deixar suas perguntas aos candidatos Alexandre Campello, Jorge Salgado, Julio Brant e Sérgio Frias. Entramos em contato com a assessoria de imprensa de Leven Siano, que informou oficialmente que por desejo do mesmo ele só está dando entrevistas no seu canal oficial no YouTube.
Na última segunda (19/10), escolhemos nove perguntas abordando diversos temas, acrescentamos mais um questionamento feito pela equipe do SuperVasco, e enviamos aos candidatos por e-mail. Foi acordado que as respostas deveriam ter até 150 palavras com o prazo de envio até o dia 22/10 às 23h59, para que, assim, todos pudessem ter o mesmo espaço para explicarem suas ideias e projetos.
Abaixo, você confere como respondeu cada candidato. A ordem de publicação das respostas é alfabética:
Pergunta 1 – Futebol: Qual é o seu planejamento para o futebol? É um time forte já para 2021?
ALEXANDRE CAMPELLO: Em relação ao futebol, nós tivemos muitas receitas de 2020 empurradas para 2021 por conta da pandemia. Dentro do projeto de reestruturação financeira já havia a provisão de uma folga maior para 2021, de uma forma que vamos ter a possibilidade de injetar mais pelo menos R$ 1 milhão por mês no futebol. O que nos permitiria trazer pelo menos três ou quatro jogadores de qualidade. Ou seja, a perspectiva é de maior investimento em 2021 com crescimento nos anos seguintes da gestão.
JORGE SALGADO: Vamos aumentar os gastos mensais médios da Folha do Futebol. Em 2019, foi R$ 7,4 Milhões. Planejamos chegar a quase R$ 10 Milhões mês em 2023, aumento de mais de 30%. O aumento real é ainda maior na prática, dado que existe um valor estimado entre R$ 2 a R$ 2,4 Milhões de gastos atuais sem rendimento que serão substituídos, e não economizados simplesmente, por atletas e funcionários com bom rendimento. Além disso, nosso planejamento financeiro para o triênio prevê uma sobra de caixa de R$ 94 Milhões acumulado nos 3 anos para aquisição de direitos econômicos ou incremento adicional do gasto no futebol. Isso tudo fatalmente vai nos permitir montar um time mais competitivo.
JULIO BRANT: Sem dúvida, um time forte já em 2021. O Vasco é um time que vai entrar em qualquer campeonato para conquistar títulos. Austeridade não tem a ver com não ter um time forte. Nós vamos ter um time competitivo tão logo a gente entre e o planejamento traçado seja iniciado. O nosso planejamento para o futebol prevê um forte investimento na base, com um trabalho mais integrado e estratégico na formação dos jogadores de salão e de campo. Vamos melhorar a análise de mercado para que possamos encontrar jogadores com potencial e vamos buscar oportunidades de mercado. Serão atletas que vão se alinhar ao modelo de jogo que vai refletir o DNA do Vasco.
SÉRGIO FRIAS: Um time forte para 2021 depende da montagem de uma espinha dorsal, bom aproveitamento da base e contratação de atletas funcionais para o elenco, objetivando um plantel equilibrado e qualificado, com uma comissão técnica competente e vitoriosa. O futebol será planejado ano a ano, diante das oportunidades e dificuldades que são típicas do mundo futebolístico.
Pergunta 2 – Salários: Qual sua proposta para colocar definitivamente os salários em dia?
ALEXANDRE CAMPELLO: A questão do salário precisa ser analisada como um todo. É a questão do endividamento do clube que impacta não só no pagamento de salários como no de diversas obrigações. Na realidade essas coisas vão sendo ajustadas ao longo do tempo, conforme vamos acertando as contas do clube. Nós temos diminuído este atraso salarial ao longo da gestão e a ideia é que no próximo ano nós consigamos zerar essa questão.
JORGE SALGADO: Hoje o Vasco não tem folga de fluxo de caixa. O dinheiro que entra é sequestrado por credores na Justiça. A gente já está fazer duas captações no mercado. São dois produtos financeiros. Um é o CCB, que é Cédula de Crédito Bancário e um FIDC (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios). Esse CCB deve ser uma captação de aproximadamente R$ 70 milhões, que vai me gerar um conforto inicial para eventualmente pagar os atrasados no primeiro momento da gestão.
JULIO BRANT: Atraso de salário não é modelo de gestão que queremos para o Vasco. Uma gestão moderna e profissional não permite que os salários atrasem. Eu e a Sempre Vasco assumimos o compromisso de que na nossa gestão não haverá atraso de salário. Para isso, o que nós vamos fazer é iniciar um forte reforço de caixa logo no início do mandato, para que a gente possa iniciar o trabalho com geração de receitas que serão desenvolvidas por parceiros internacionais para que tenhamos não só a reestruturação financeira e de gestão feita pela Accenture e Alvarez & Marsal, mas teremos também uma forte injeção de capital vinda dessas comercializações de propriedades. Já estamos fechados com parceiros internacionais, por exemplo, a Mediapro.
SÉRGIO FRIAS: A questão salarial é fundamental para o bom andamento não somente do futebol, mas de todo o clube. Para além dos atletas, que evidentemente devem receber seus vencimentos em dia, preocupa-nos, sobremaneira, a situação que vem sendo vivenciada pelos funcionários. Para que se possa combater tais atrasos, há que se agir em duas frentes: estabelecimento de parcerias nos moldes descritos anteriormente e expertise na montagem do elenco, de modo a se garantir competitividade e cobertura posicional, aproveitando-se para tal o trabalho de base, introduzindo jovens valores que possam compor o elenco e render vendas futuras ao clube.
Pergunta 3 – Receitas: Grande parte dos analistas e economistas afirmam que, em 2021, o país sentirá de fato os impactos econômicos da pandemia. Sabemos que muitas empresas já possuem seus respectivos budgets do próximo ano definidos. Gostaria que pudessem apresentar quais são os projetos (viáveis) para que o Vasco consiga aumentar suas receitas e atrair novos patrocínios e parceiros, já que o Vasco precisa diminuir suas dívidas e aumentar seus investimentos.
ALEXANDRE CAMPELLO: Em relação ao impacto da pandemia, de fato essa é a nossa visão. Entretanto, alguns clubes como o Vasco saem na frente porque eles já vinham se preparando para momento difíceis, já que conviviam com o endividamento. Isso fez com que o clube adequasse as suas receitas e diminuísse os seus custos, medidas necessárias em um momento de crise como este. Obviamente nós já estamos trabalhando para trazermos receitas não recorrentes, através de investidores. Também estamos investindo muito na base e esperamos já para o próximo ano ter um aumento substancial na venda de ativos. O clube também se estruturou do ponto de vista comercial para que aumente sua arrecadação, de forma que esperamos que 2021 seja um ano mais tranquilo para o Vasco. Com aumento das receitas recorrentes, e mantendo a preocupação com os custos, vamos continuar diminuindo as nossas dívidas.
JORGE SALGADO: Vamos ter uma área de marketing muito forte para gerar receita. É vergonhoso ser a quarta maior torcida do Brasil e ter apenas a 12ª receita do futebol brasileiro. Vamos dobrar essa receita, chegando a cerca de R$ 400 milhões e recolocando o Vasco no top 5. 50% deste aumento virá de projetos de novos negócios, como a VascoTV, um super aplicativo de celular e um programa de licenciamento mais abrangente e completo. Enfim, tem uma série de possibilidades para aumentar a receita. Não só através da mensalidade do sócio, mas temos de chegar a ele com diversos produtos, com um e-commerce eficiente para quem está fora do Rio. Eu quero o Vasco no celular. Por um aplicativo, o associado vai ter tudo. Não só pagar a mensalidade, vai ter a TV, as informações, a compra de produto que a gente entregue depois. Isso vai proporcionar a alavancagem de receita.
JULIO BRANT: A Sempre Vasco acredita que uma gestão moderna e profissional precisa se adaptar ao novos desafios que o mundo vive. Então, nosso planejamento de 2021 a 2023 já prevê uma alteração significativa tendo em vista a realidade da pandemia. Por isso que a gente trouxe como parceiro a Mediapro. Um gigante da área de mídia e de inovação, para que a gente possa ter na área de inovação digital, que é uma tendência hoje do futebol mundial, um grande parceiro. É trazer o digital para ser uma das áreas mais importantes do nosso planejamento de 2021 a 2023. Também iremos criar novas propriedades, melhorar as que estão mal dimensionadas e valorizar as subutilizadas. Isso já está planejado dentro de uma realidade em que a pandemia atinge fortemente o negócio do futebol e do mercado como um todo.
SÉRGIO FRIAS: A pergunta traz consigo a palavra chave da resposta: projetos viáveis. Diferentemente do que presenciamos por aí, qualquer projeto que vise ao aumento de receitas deverá ter como norte a ideia, efetiva, de parceria. O Vasco é uma marca de potencial infinito e seus patrocinadores e parceiros devem nortear seus investimentos ao crescimento tanto de suas empresas, quanto do clube. Parcerias predatórias podem apresentar resultados tão rápidos quanto fugazes, com grande potencial destrutivo a médio prazo. Não há fórmulas mágicas e, de forma geral, o que se apresenta como negócio grandioso, por muitas vezes esconde, embutido, um preço muito alto.
Pergunta 4 – Vida política: Por que você deseja ser (observação SuperVasco: ou "continuar sendo", no caso de Alexandre Campello) presidente de uma instituição com tantos problemas financeiros e políticos?
ALEXANDRE CAMPELLO: Primeiro porque o que nos move em relação ao Vasco é a paixão. É um motivo de orgulho para qualquer vascaíno representar o nosso clube, em especial presidindo o Club de Regatas Vasco da Gama. As dificuldades existem e elas estão aí para serem ultrapassadas. Foi para isso que fomos eleitos, movidos pelo desejo de transformar, pelo desejo de mudar a situação que existia no Vasco de um endividamento crescente, de um círculo vicioso que consumia cada vez mais as receitas do clube e com isso fazia com que os resultados esportivos fossem cada vez menos expressivos. Nós entramos para quebrar este círculo e trabalhamos fortemente para isso. Conseguimos avanços importantes neste sentido. O desejo de continuar é para dar seguimento neste trabalho que vem sendo realizado nos últimos três anos, uma vez que temos diversos projetos como os CTs e a modernização de São Januário que precisam ser concluídos.
JORGE SALGADO: Estou num momento tranquilo da minha vida que me permite mais tempo para me dedicar ao Clube que amo. Aliado a isso, encontrei na Mais Vasco um grupo de excelentes profissionais do mercado, jovens vascaínos que já estão se dedicando ao Clube. Eles serão os futuros dirigentes do Vasco. Para completar, a possibilidade de finalmente termos uma eleição limpa.
JULIO BRANT: Não dá para ver o Vasco em uma situação delicada e se omitir. Por ser vascaíno, pelo amor ao clube e pela certeza de que podemos fazer uma gestão moderna, profissional, transparente e uma gestão que vai alterar profundamente a realidade do Vasco, me coloquei a disposição para capitanear um projeto transformador, junto com um time de executivos e de grandes ídolos na história do clube. Então, essa certeza da competência aliada a paixão, aliada ao desejo de transformar o nosso clube do coração nos faz ter motivação para entrar nesse projeto e devolver o Vasco para os dias de glória.
SÉRGIO FRIAS: Porque eu não foco nos problemas do Vasco e sim em sua potência, a potência de sua marca, de sua torcida e sua singular história. Quem pretende dirigir o clube não deve ignorar resolução de problemas (muitos), mas ver na oportunidade uma condução de clube gregário e envolto num clima de valorização da sua imagem e de seu torcedor.
Pergunta 5 – Momento atual: Na sua opinião, qual é o problema mais sério que o Vasco enfrenta nesse momento e que precisa ser resolvido o mais rápido possível?
ALEXANDRE CAMPELLO: O maior problema do Vasco é o volume das dívidas contraídas nas duas últimas décadas e que impactam de maneira severa o clube. Mas não somente o endividamento, toda a organização administrativa era bastante precária e nós avançamos muito em diversas áreas como: gestão, futebol de base e marketing. Este alicerce está sendo construído e hoje nós percebemos que o endividamento ainda é sufocante, embora bem organizado. Agora temos consciência daquilo que devemos, tem as dívidas trabalhistas já organizadas dentro do Ato Trabalhista, vem organizando as dívidas cíveis através de um processo que foi criado na minha gestão que é o "pool de credores", onde parte das receitas são destinadas para o pagamento dessas dívidas. Então, o credor tem transparência na forma como este compromisso é tratado, o que traz segurança para aderirem ao pool. Entendemos que no médio prazo essas dívidas serão sanadas, muito por conta deste alicerce criado.
JORGE SALGADO: Muitos responderiam que o maior problema do Vasco é a dívida de mais de R$ 600 milhões. Mas essa dívida astronômica é apenas consequência do principal problema de fato do Clube nos últimos 20 anos: má gestão.
JULIO BRANT: O Vasco enfrenta três problemas principais. Um é o problema de imagem, da sua reputação. Reputação e imagem ruins geram descrédito, desconfiança, falta de credibilidade e que dificulta toda a reestruturação do clube. O outro problema muito grave é dentro de campo. O time precisa voltar a ser competitivo e ter um elenco que faça frente ao que todo vascaíno quer ver. Por fim, um ponto importantíssimo que deve ser atacado de forma direta é o recorrente atraso de salários. Não podemos admitir! E aqui reforço o compromisso de que não teremos salários atrasados da nossa gestão. Esses problemas serão solucionados com uma gestão moderna, profissional e transparência.
SÉRGIO FRIAS: O problema mais sério, sem dúvidas, é o endividamento do clube. Sobretudo no que tange às dívidas de curto e curtíssimo prazo, que não encontram amparo nas receitas mais imediatas. Em decorrência desta desequilibrada equação entre haveres e deveres, o clube se vê obrigado, muitas vezes, a recorrer a fontes de receitas junto às instituições financeiras ou a adiantamento de receitas futuras, configurando-se, por assim dizer, um processo nefasto de retroalimentação da própria dívida.
Pergunta 6 – Clube: Qual a sua opinião sobre a inclusão no estatuto do clube de um artigo sobre a responsabilidade fiscal, trabalhista e patrimonial do presidente e seus vice-presidentes administrativos, na geração de dívidas para o clube?
ALEXANDRE CAMPELLO: Eu acho perfeito, isso deve ser pensado, trabalhado e incluído de fato porque é fundamental que o gestor tenha responsabilidade na administração do clube, assim como ele administra seus bens pessoais. No entanto, eu entendo que isso não deve ser fruto de utilização política como temos visto por aí nestes últimos dois anos. A intenção de alguns é usar isso politicamente. Eu acho que o Vasco da Gama deve construir um novo estatuto, como muita tranquilidade, muita consciência, para que os novos gestores sejam responsabilizados por uma eventual má gestão, mas que isso não seja usado de maneira política.
JORGE SALGADO: É um assunto a ser estudado. Mais importante do que apenas um artigo é a reforma do estatuto.
JULIO BRANT: Fundamental. Na reforma do estatuto, durante o nosso trabalho no Conselho Deliberativo, nós, conselheiros da Sempre Vasco, fomos fortemente a favor da responsabilização do gestor. O mau gestor tem que ser responsabilizado no seu patrimônio e na pessoa física. Somos plenamente favoráveis a isso e vamos trabalhar para que seja feito no Vasco já na minha gestão. Mesmo eleito presidente, serei favorável para que o gestor que traga prejuízo ao clube seja responsabilizado e punido no seu patrimônio.
SÉRGIO FRIAS: Esse foi o posicionamento de nosso grupo na votação do novo estatuto aprovado pelo Conselho Deliberativo e indevidamente retirado, por mero partidarismo, da Assembleia Geral Extraordinária convocada para deliberar sobre aquilo que fora decidido, soberanamente, no Conselho Deliberativo do Clube.
Pergunta 7 – Eleição: Você é a favor ou contra às eleições online e por quê?
ALEXANDRE CAMPELLO: Após conversa com Mussa, estamos trabalhando com a possibilidade da eleição ser híbrida, presencial como manda o estatuto e online, como muitos torcedores anseiam e que parece que tem previsão na lei, espero que isso seja possível. Criamos uma comissão que visa preparar o espaço físico, aumentando o número de terminais de computador, o que fará o sócio, ao chegar, ser identificado sem fila, seguindo os protocolos do TRE. Fizemos a uma consulta e a Secretaria de Saúde autorizou a eleição. Também estamos em busca da melhor empresa para termos a eleição online. É fundamental que ela seja auditada e traga transparência, legitimidade e com garantia de que não será fraudada. A decisão vai ser do presidente Mussa. A mim cabe oferecer todas as condições e providenciar tudo o que for necessário para termos a melhor eleição. E é isso que estou fazendo.
JORGE SALGADO: Nossas posições são muito claras. Fomos a favor da AGE das diretas, estamos na luta para garantir o direito de voto dos anistiados e apoiamos que a eleição do dia 7 possa ser feita à distância. Está mais do que na hora de incluir os sócios Off-Rio nas decisões do Vasco.
JULIO BRANT: Nossa luta e bandeira, desde 2014, foi pela democracia em uma eleição direta para presidente. Entregamos ao sócio vascaíno o desejo da eleição direta. Temos a convicção de que a eleição online é mais um passo para a transparência e traz a modernidade que o Vasco precisa.
SÉRGIO FRIAS: Teremos, no próximo mês, as eleições municipais. Como se sabe, elas serão realizadas presencialmente. Assim sendo, a nosso ver, não se justifica a adoção da votação online nas próximas eleições vascaínas. Poderia citar, ainda, a falta de previsão estatutária para tal. Por fim, cabe-nos observar o aspecto de segurança do pleito, possibilidades de acesso não autorizado por terceiros e proteção aos dados dos associados são questões que, nem de longe, estão dirimidas nos modelos de votação online apresentados.
Pergunta 8 – Inclusão social: "Há no Brasil, segundo dados do IBGE aproximadamente 24,5 milhões de brasileiros com alguma deficiência"; é importante que o Vasco privilegie a inclusão, o respeito e igualdade quanto a acessibilidade (motora, visão, audição e intelectual); pergunto: Quais são as ações concretas que os candidatos colocarão em seus planejamentos e estarão priorizando caso seja vencedor, por exemplo englobando as Sedes e Acessos, o Museu, Restaurantes, o Site Oficial e Mídias, a Visita Guiada e o Centro de Memória?
ALEXANDRE CAMPELLO: Essa sempre foi uma preocupação da nossa gestão, desde que assumimos o clube, nós estamos trabalhando obviamente dentro das nossas possibilidades para melhorar a acessibilidade. O Vasco sempre trabalhou pela inclusão. Nós criamos um departamento psicossocial que tem sido muito efetivo e ativo neste processo. E, dentro do nosso projeto de modernização e ampliação de São Januário, a acessibilidade tem um espaço grande. A ideia é que o estádio seja não só o mais moderno e mais confortável, mas que também seja completamente acessível para todos os vascaínos, independentemente de possíveis limitações.
JORGE SALGADO: Nós somos a única chapa que possui grupos de trabalhos exclusivos que respeitam o DNA do Vasco de inclusão. Profissionais que já trabalham na elaboração de projetos voltados para o tratamento da questão racial, e para a inclusão do público feminino, do público LGBTQIA+, e dos deficientes, não apenas no quadro associativo do Clube, como também na política vascaína.
JULIO BRANT: Desenvolvemos um projeto para mulheres feito por mulheres do nosso grupo. Reduzir as joias para que o máximo possível de mulheres se tornem sócias. Não podemos admitir que um clube que tem 40% de mulheres na torcida, tenha aproximadamente 12% de mulheres no quadro social e apenas três mulheres no Conselho Deliberativo de 300. Pelo ponto da inclusão de pessoas com deficiência ; nós vamos preparar um plano imediato para pequenas intervenções em São Januário para que seja um estádio inclusivo para todas as pessoas com deficiência. Na questão social, estamos desenvolvendo o CEPI, que é o centro de formação profissional Integrada alinhado com o Colégio Vasco da Gama. Estudo integral para as crianças com formação cidadã, técnica e de atletas. A gente quer garantir que se formem atletas, mas aqueles que não forem atletas possam sair cidadãos de bem.
SÉRGIO FRIAS: O Vasco tem por essência ser um clube popular e não podemos perder de vista sua importância social, humana e histórica. Por esse motivo, temos apresentado propostas no âmbito da inclusão, respeito e igualdade. Nós entendemos que o associado tem que estar dentro das sedes do Vasco e o Vasco precisa estar pronto para recebê-los, Concretamente, temos uma série de propostas inclusivas, de igualdade e de acessibilidade. Por exemplo, para o público feminino, pois o número de associadas é muito discrepante quando comparado ao número de torcedoras, e também para que os sócios sejam estimulados a frequentarem e viverem mais o Vasco, principalmente, sendo um clube que trata com respeito o seu quadro social. Também vemos como essencial atitudes como a volta e desenvolvimento das Visitas Guiadas, assim como do Centro de Memória, como com a nossa proposta de valorização dos atletas que já passaram pelo Vasco.
Pergunta 9 – Esportes olímpicos e paralímpicos: O que será feito para trazer novas receitas para o Vasco, e assim, termos uma equipe competitiva não apenas no futebol, mas também nas outras modalidades que o Vasco da Gama participa?
ALEXANDRE CAMPELLO: Nós já estamos trabalhando neste sentindo, criando projetos através da captação de recursos de leis de incentivo. A ideia é que para 2021 isto já esteja de pé arrecadando e destinando os recursos para ampliação e maior competitividade dos esportes paralímpicos e demais esportes amadores.
JORGE SALGADO: Precisamos limpar o nome do Club de Regatas Vasco da Gama perante aos órgãos fiscais. Hoje o Vasco está com o nome sujo na praça. É como se a pessoa tivesse com o nome dela no Serasa. Com a renegociação das dívidas junto à PGFN, vamos recuperar as Certidões Negativas de Débito (CNDs), o que vai nos permitir captar recursos através das leis de incentivo ao esporte e montar equipes competitivas.
JULIO BRANT: A Sempre Vasco trouxe para o grupo o maior especialista na área de projetos incentivados no Brasil, o Bruno Duarte, que foi responsável pelos maiores projetos da história do Brasil. Por exemplo, os Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo. Bruno foi responsável pela área financeira desses projetos para estruturação e enquadramento. Já temos mais de 20 projetos enquadrados na legislação na lei de incentivo. Vamos usar a lei de incentivo fortemente para incentivar projetos de esportes olímpicos e paralímpicos, masculino e feminino. Já temos o basquete e o remo e queremos implementar no futebol de areia. Temos um projeto lindo para o remo, pronto e enquadrado na legislação de incentivo para reforma do espaço e estrutura de apoio. Já fizemos cotação internacional dos equipamentos. Temos um trabalho forte para fazer o paralímpico de basquete, vôlei, um trabalho de excelência. Inclusive com parceiros delineados que vão entrar com investimento.
SÉRGIO FRIAS: O esporte olímpico e paralímpico são preciosos para nossa história e motivo de orgulho. O atleta tem que ser construído desde a infância, outro ponto forte da nossa campanha. Temos que voltar a valorizar os espaços já construídos. Com escolinhas de diversas modalidades podemos construir um projeto forte e duradouro.
Pergunta 10 – Feita pela equipe do SuperVasco: Candidato, imaginando que o senhor vença, qual a manchete que gostaria de ler no nosso site no seu mandato?
ALEXANDRE CAMPELLO: Vasco da Gama garante o título do Brasileirão 2023 na reestreia do time na Arena São Januário.
JORGE SALGADO: Não faço a menor ideia. Vamos primeiro trabalhar para vencer.
JULIO BRANT: Vasco se torna exemplo de gestão moderna, profissional e transparente e é campeão mais uma vez.
SÉRGIO FRIAS: Uma vitória do Vasco!
Fonte: Supervasco