Germán Cano não expressa seu jogo com passes, dribles ou lançamentos. O argentino do Vasco fala em campo com gols e o "L" que faz com os dedos para homenagear o filho Lorenzo a cada rede balançada. Entretanto, há cinco jogos ele está mudo em 2020. É o seu maior período de seca em dois anos e oito meses. Nesta quarta-feira, às 19h15, contra o Bahia, em Pituaçu, o camisa 14 tentará quebrar o silêncio. Mas para isso precisa demais que seus companheiros de time falem com ele.
Trata-se da maior dor de cabeça do técnico Ramon Menezes: como diminuir o isolamento do camisa 14 e fazer com que a equipe volte a criar boas chances para o artilheiro finalizar.
Como um jogador que participa do jogo quase que exclusivamente na última bola, precisa de companheiros que dialoguem com ele na frente. Com exceção das aproximações de Benítez, a solidão do argentino tem sido quase que total.
Para a tristeza de Germán Cano, o camisa 10, suspenso, não estará em campo para conversar com ele, nem em espanhol, nem na linguagem da bola. O mesmo vale para Andrey e o técnico Ramon Menezes deve escalar no lugar dos dois Marcos Júnior e Bruno Gomes, respectivamente.
Desde fevereiro de 2018, quando ficou cinco partidas (quatro delas saindo do banco de reservas) sem marcar gols pelo Independiente Medellín (COL), Germán Cano não passava tanto tempo em jejum.
Reflexo disso é que, depois de duas temporadas com média de gols excepcionais, ele vê o número cair. Em 2018, foram 33 gols em 49 partidas (média de 0,67 por jogo). Na temporada seguinte, o argentino foi ainda melhor, com 41 gols em 47 jogos, 0,87 em média. Já este ano, são 16 gols em 28 ocasiões em que entrou em campo, média de 0,57. Para se ter uma ideia, antes da sequência de cinco jogos em branco, a média era de 0,69.
Fonte: Extra Online