Secretário-geral da CBF diz que volta do público apenas no Rio cria desequilíbrio esportivo
O secretário-geral da CBF, Walter Feldman, afirmou nesta sexta-feira que a entidade é contra a proposta de volta do público aos estádios no Rio de Janeiro antes de outros estados. De acordo com o dirigente, a hipótese criaria um "desequilíbrio inaceitável" no Brasileirão.
Há uma semana, o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, disse que estava autorizada a volta de público apenas no Maracanã a partir de 4 de outubro, dia em que o Flamengo enfrentará o Athletico-PR. Na última quinta-feira, os clubes se reuniram virtualmente com a CBF para debater o assunto. Segundo Feldman, apenas o Flamengo defendeu o retorno no Rio antes de outros estados.
- Posição dos clubes majoritária é a seguinte: primeiro, a isonomia é inquestionável. Segundo, ver o melhor prazo e quantidade (de público) de acordo com decisão das autoridades estaduais e municipais. A posição fora aquela expressa pelo Flamengo, dos 19 clubes, é que só pode haver presença de público se for isonômico. Se os nove estados e 11 municípios tiverem autorização similar.
O secretário-geral da CBF discordou da posição expressada pela diretoria rubro-negra durante a reunião de quinta-feira. O Flamengo acredita que já poderia voltar a mandar jogos com público após a liberação das autoridades do Rio de Janeiro.
- É uma proposta equivocada (a do Flamengo). Está muito claro para a CBF que o campeonato tem que manter o equilíbrio. Nós sabemos que a presença de público, uns tendo e outros não, produz um desequilíbrio inaceitável.
De acordo com Walter Feldman, a hipótese mais provável no momento é a volta de público no início do segundo turno do Brasileirão, no dia 7 de novembro. No momento, autoridades de saúde de diversos municípios com times na Série A vetam a reabertura das arquibancadas.
- Eu diria que é a proposta mais sólida, porque ela ajudaria inclusive na manutenção do equilíbrio técnico.
No domingo, o "Esporte Espetacular" debate a hipótese de volta de público aos estádios, com participação de dirigentes, médicos e jogadores.
Fonte: ge