Miranda recebeu uma missão complicada há uma semana. Sem poder contar com o capitão Leandro Castan, Ricardo Graça e Werley, o técnico Ramon Menezes apostou no jovem zagueiro para liderar a defesa vascaína nos jogos contra Santos, na Vila Belmiro, e Athletico-PR, em São Januário. E o garoto cumpriu com louvor aquilo que lhe foi pedido.
Destaque do Gigante da Colina nas duas partida, o defensor mostrou que nem parece ter apenas 20 anos, ressaltou a luta dos companheiros em campo e afirmou que o time está no caminho certo.
- O grupo todo foi bem. Quando não dá para ser na qualidade e no talento individual, tem que ser na entrega. O jogo foi difícil. O time do Athletico vem de conquistas e títulos. Acho que a gente está no caminho certo - disse o zagueiro.
Além de Miranda, outro zagueiro também recebeu a notícia de que teria que jogar em cima da hora. Foi Marcelo Alves, recém-contratado junto ao Madureira, e que também mostrou desenvoltura e segurança ao lado da cria da Colina, que falou sobre a parceria com o novo companheiro.
- O Marcelo é um cara que orienta muito o sistema defensivo. Nós dois vinhamos treinando juntos. Nós dois conversamos muito. É um cara que ajuda muito o elenco. O Ramon orienta muito nós dois. Lógico que respeitando o Cástan e o Ricardo, que são ótimos zagueiros, mas o Ramon treina todo o sistema defensivo. Ele treina todo o time igual para quando tiver oportunidade agarrar ela e aproveitar da melhor maneira possível - explica Miranda, antes de falar sobre o entrosamento com os parceiros de zaga do elenco:
- Não só com ele (Marcelo), mas com Ulisses, Castan e Ricardo, que são os titulares. O entrosamento deles é muito importante. Eu e Marcelo encaixamos juntos. Falamos muito. Isso só tem a evoluir, e é o que o Ramon faz com o time. Todo mundo sabe o que tem que fazer quando entra em campo.
OUTROS TRECHOS DA COLETIVA
Ausência da torcida
A nossa casa, como falamos antes do jogo, temos que mandar aqui. Os caras não podem vir aqui e fazer o que querem. Acho que temos que controlar o jogo aqui. Hoje foi diferente. Eles controlaram o jogo. Eles falaram que estudaram bastante o nosso time. Por isso tivemos essa dificuldade. Mas, como eu disse, quando não é na qualidade, no talento, vai na vontade. E hoje não foi diferente. Fomos muito bem no sistema defensivo.
Luta da equipe
Eu acho que isso contagia o grupo dentro de campo (a entrega). O Castán também é assim, o Ricardo também. Chama o grupo, briga com todo mundo. Se for para xingar, xinga. E comigo não é diferente. No primeiro tempo estava difícil, eu estava xingando os caras. Mas não tem isso.
São Januário
Acho que o fator casa ajuda muito. Aqui é nossa casa, nosso caldeirão. A gente se sente muito bem jogando aqui, com ou sem torcida. A gente treina aqui todos os dias. Conhecemos a atmosfera e isso só tem a agregar. No próximo jogo, que vai ser aqui também, vai ser o mesmo espírito de vontade. De querer ganhar o jogo. Espero que possamos sair vitoriosos.
Fonte: Site oficial do Vasco