Após comandar AGE, Mussa preside Junta Deliberativa das eleições nesta 2ª, mas ainda pode ser punido pelo CD
Nesta segunda-feira, às 17h, nova sessão virtual vai reunir Faues Cherene Jassus, o Mussa, presidente da Assembleia Geral, e os presidentes dos demais poderes do Vasco. Depois de brigas sem fim na Justiça por conta da Assembleia Geral Extraordinária, que, mesmo com efeitos sub judice, aprovou a eleição direta, a expectativa é de que o encontro, que inicia o processo eleitoral do clube – previsto para a primeira quinzena de novembro -, siga turbulento.
Mussa vai presidir a Junta Deliberativa. Ela define a lista de votantes para o pleito presidencial. O presidente da AGE segue na mira do Conselho Deliberativo. O prazo para defesa do presidente da Assembleia Geral vai até o próximo sábado – no espaço de 10 dias da instauração do procedimento aberto por 7 votos a 4.
Aliados de Mussa vão seguir com ações na Justiça e contestações sobre possível afastamento do presidente da Assembleia Geral, que foi eleito pelos sócios e, por isso, assim defendem, só poderia ser afastado em nova Assembleia Geral. Não em procedimento no Conselho Deliberativo.
Caso seja afastado, assume Alcides Martins, que é sub-procurador geral da República, mora em Brasília e é vice-presidente da Assembleia Geral.
A reunião desta segunda pode definir a data de corte para eleitores e elegíveis da eleição de novembro, que apontará o sucessor de Alexandre Campello, provável candidato à reeleição. Em última análise, a Junta define, por maioria simples, aqueles aptos para formar a lista do processo eleitoral.
A semana pós-AGE vai seguir com inúmeras tentativas na Justiça. Ainda há série de ações, tais como:
- decisão sobre liminar que suspendeu efeitos da AGE deste domingo;
- demais acusações de irregularidades cometidas por Mussa no processo da AGE;
- caso de anistiados que não tiveram direito a voto na AGE, o que vai se repetir nesse procedimento da AGO (Assembleia Geral Ordinária);
- caso de Mussa frente aos demais poderes do clube (Campello, Godói, Monteiro e Valentim), para anular possíveis novas ações contra o atual presidente da Assembleia Geral;
- mérito sobre a reforma estatutária, aprovada em Conselho Deliberativo do clube e suspensa da Assembleia Geral Extraordinária por decisão judicial;
- ação que pede documentos e informações da comissão de sindicância sobre o embasamento para enquadrar Mussa nos artigos do estatuto do clube.
Quais os próximos passos?
Ainda nesta semana, Mussa vai apresentar os documentos referentes à votação: resultado da eleição, auditoria, atas... A ideia é cumprir a determinação da desembargadora Flávia Romano de Rezende, da 7ª Câmara Cível, relatora do caso. Caberá a ela ratificar ou não o resultado da AGE.
Isto porque a decisão de domingo, do desembargador André Ribeiro, plantonista, não cancelou a AGE. Apenas não deu validade imediata ao resultado.
Mussa terá de, em linhas gerais, encaminhar a alteração do estatuto, algo a ser feito em conjunto com Campello, caso a Justiça valide o resultado. É preciso fazer este trâmite para incluir a eleição direta.
Fonte: ge