Em reunião na tarde desta quinta-feira, na sala da presidência, em São Januário, o presidente do Vasco Alexandre Campello apresentou uma proposta para o presidente da Assembleia Geral, Faués Cherene Jassus, para adiar a AGE para o dia 10 de setembro. Campello deixou o encontro otimista em relação a um acordo e aguarda resposta definitiva de Mussa.
A ideia do presidente do Vasco é viabilizar a realização da AGE "de uma forma legítima". Segundo Campello, caso ocorra no próximo domingo, como prevista, a assembleia, que votará a eleição direta no Vasco, não cumprirá todos os ritos e deixará brechas para ações judiciais.
- Fiz uma proposta a ele na tentativa de fazer acontecer a AGE. Muito claramente a gente vê uma série de equívocos que podem gerar manobras judicias que anulem a assembleia. Eu não gostaria que ela fosse anulada. Eu propus que a gente adiasse para o dia 10 de setembro, e os ritos fossem cumpridos. Daria tempo de a diretoria administrativa contratar a empresa para fazer a votação eletrônica. Hoje, quinta, contratar uma empresa para domingo é inviável. Ele (Mussa) parece que entendeu, disse que conversaria com o departamento jurídico dele e me daria uma resposta.
Campello disse que Mussa, a princípio, aceitou o acordo, mas aguarda uma decisão definitiva. O dirigente citou questões técnicas para que a empresa contrata possa realizar a votação de forma correta.
- Estou bastante empenhado que a AGE aconteça, mas dentro da legalidade. Essa é a melhor maneira de acontecer a eleição direita. A empresa precisa ter essa cadastrado para trabalhar os votos, fazer testes. A empresa disse que precisa de sete dias úteis para botar de pé essa votação. Desse jeito não teríamos problemas. A gente quer muito que isso acontecerá. Acho que não tem dúvidas todos querem que a eleição ocorra de maneira direita, mas não queremos mais brigas judiciais que possam inviabilizar. O Mussa, a princípio aceitou a proposta, mas ficou de conversar com jurídico e me responder. Espero que prevaleça o bom senso – conclui Campello, que ainda citou um custo três vezes menor da empresa com que está negociando em relação à empresa contratada por Mussa.
Comissão dá parecer para afastamento de Mussa
Paralelamente a esta reunião, a comissão de sindicância criada para avaliar punição a Mussa deu parecer pelo afastamento do presidente da Assembleia Geral. Foram sete votos a quatro.
O parecer serve como base para levar ao Conselho Deliberativo, que vai se reunir nesta sexta-feira, muito provavelmente, para decidir pelo afastamento ou não de Mussa.
O caso gera mais polêmica. Mussa foi eleito pelos sócios e, de acordo com sua assessoria jurídica, só poderia ser afastado em decisão de Assembleia Geral (ou seja, votos de sócios).
Para afastar Mussa, o Conselho Deliberativo deve ter 2/3 de votos a favor.
Fonte: ge