Quando retornou ao Vasco em 2019, Fellipe Bastos tinha algumas opções de número para vestir. Escolheu a 6, eternizada por Felipe, ídolo que atuou com ele entre 2010 e 2012 em São Januário. Para a atual temporada, outro número vagou. A camisa 8, também eternizada por um ídolo que jogou com Bastos na Colina, sempre foi a preferida do jogador. E ela trouxe sorte para o garoto que a utilizava nas categorias de base por causa do Reizinho, que sempre foi uma referência para ainda pequeno vascaíno Fellipe Bastos.
- Antes de entrar aqui na entrevista coletiva, eu recebi algumas mensagens de uns amigos que jogaram comigo na base. Naquela época eu era meia e usava a camisa 8 por causa do Juninho. Já admirava ele, por tudo que ele tinha feito no Vasco e estava fazendo na carreira dele. Assim que eu voltei e o número estava vago, eu escolhi, porque eu queria e uma coisa importante, é que eu peguei tudo que me fazia bem. A camisa 8 me faz ter lembranças boas e graças a Deus os gols estão saindo, com certeza tem essa influência do Juninho, mas cobrar faltas sempre foi uma característica minha. Meu pai me cobrava jogar com a 8 - disse o jogador.
Fellipe agora trabalha com outro ídolo e vencedor como jogador pelo Vasco. O técnico Ramon Menezes participou da época mais vitoriosa e hoje é um dos que mais cobra os jogadores do atual elenco a aprimorar este fundamento tão importante que é a bola parada.
- O treinador cobra muito a gente. O Ramon como exímio cobrador que foi, ele cobra muito nos treinamentos para que a gente acerte. Às vezes no jogo só temos uma oportunidade. Hoje tive duas. Uma eu botei na trave. A outra bateu na trave e entrou. Graças a Deus. Isso é fruto de um trabalho, de muita cobrança. E também quero agradecer ao Pikachu e Benítez, que me deram a confiança ali na batida. A gente conversou e eles me deixaram bater. Falei com eles que estava confiante. E que eu já tinha batido uma falta bem, que estava calibrado e eles entenderam. Graças a Deus saiu o gol nessa cobrança de falta - disse Bastos, antes de elogiar os companheiros que vem treinando forte com ele:
- Todo mundo tem treinado muito bem. E vamos por aquilo que estamos fazendo nos treinamentos. O primeiro jogador que tem batido muita falta e vocês têm visto também nos jogos-treinos é o Bruno César. E hoje ele não pôde estar com a gente. Aí depois vem eu, Pikachu, o Benítez, o Andrey. Mas ali dentro dentro de campo conversamos, até porque eu tinha batido uma falta. E eu pedi para eles, que eu estava calibrado e talvez acertaria. No treinamento eu também venho fazendo gols e treinando bem. De bate e pronto o Pikachu aceitou e o Benítez também. E foi importante porque eles me deram confiança para que eu acertasse.
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Benítez
O Benítez é argentino. Ele cativa o jogo, segura bem a bola. É um jogador que vai ajudar muito a gente na temporada. Um jogador que já disputou grandes competições. E precisamos de jogadores assim, calejados, que seguram a bola. Jogadores que tem a coragem para jogar. Nosso grupo está se fortalecendo. A gente precisa de todo mundo, não é conversa para boi dormir, não é jogar conversa fora. A gente vai precisar de todo mundo mesmo. E o Benítez fez um excelente jogo. A gente sabe que é muito complicado o Campeonato Brasileiro. E quanto mais pontos fizermos dentro da nossa casa vai ser importante lá no final.
Fase artilheira
É importante para mim (fazer gols). Sei que não é uma coisa rotineira na minha carreira fazer tantos gols igual eu venho fazendo. Mas é uma cobrança que o Ramon tem feito. De entrar dentro da área, de chutar mais no gol. Usar aquilo que eu tenho de bom, que é finalização. Treinar bastante falta, que é uma coisa boa que eu tenho, uma característica minha. E o Ramon é muito importante pela confiança que ele tem passado para mim. A gente conversa bastante, quase que diariamente, e ele tem me cobrado para eu fazer também. E eu procuro evoluir. Não é porque eu tenho 30 anos que eu tenho que parar, que eu acho que eu já fiz tudo. O futebol hoje é muita evolução, eu procuro evoluir muito. Escuto o que ele está passando para mim. Então, eu procuro evoluir para continuar crescendo dentro dos jogos. Dentro dos treinamentos. Isso é importante para o Vasco.
Eu, quando voltei ano passado, eu disse que estava voltando para minha casa. Este ano quando eu voltei de novo eu disse que estava ficando em casa, que é onde eu me sinto à vontade. Com a confiança do treinador, as coisas estão acontecendo.
Recordações
É um bom presságio (fazer gols em começo de competição). Na Copa do Brasil (2011), todo mundo sabe, terminamos campeões. Em 2012, fizemos uma boa campanha no Brasileiro. Tomara que a gente faça de novo uma boa campanha. Não estamos aqui para prometer títulos, mas é isso que a gente quer. Vamos trabalhar muito, mas sabemos que é muito difícil. A gente tem conversado que para colocar o nome na história do clube você tem que levantar taças. Vai ser importante demais. Tomara que essa fase se prolongue por muito tempo na minha carreira, na minha vida, e que eu consiga ajudar o Vasco a conquistar.
Fonte: Site oficial do Vasco