Confira mais trechos da live de Leandro Castan na VascoTV
Terça-feira, 14/07/2020 - 21:40
Em entrevista coletiva concedida via Vasco TV nesta terça-feira, o zagueiro Leandro Castan, capitão da equipe, abordou o acordo realizado com o grupo na semana passada. A diretoria pagou o salário do mês de maio e parcelou o restante do débito com os jogadores em 12 vezes (salários de março, abril e direitos de imagem).

- É um assunto que foi resolvido internamente, o José Luis, junto com Mazzuco, tiveram reunião com o grupo e passaram a situação. A gente também está tentando entender a situação que vive o clube. Era uma situação difícil, mas eu particularmente fico um pouco aliviado de deixar esse assunto para trás. É um assunto que fica reservado internamente, e a gente coloca uma pedra em cima. E a gente espera que o que passou fique para trás - afirmou Castan, que não participará do jogo-treino contra o Porto Velho, nesta quarta, em São Januário.

Sobre a pendência em relação ao futuro de Guarín em São Januário, o capitão vascaíno fez coro a Ramon, que frequentemente tem dito que precisa do colombiano de "corpo e alma" no clube. Com outras palavras, Castan disse que todos precisam estar com a cabeça 100% no Vasco.

- Acho que o Guarín é um jogador importante pra gente, é um cara respeitado mundialmente. Eu mesmo o enfrentei muitas vezes e sei da qualidade dele. É um assunto que a diretoria está resolvendo. É importante que todos que estão no clube estejam 100% vivendo o Vasco, com a cabeça totalmente aqui. O ano vai ser muito difícil e muito longo, então precisamos de todos 100% aqui. Não sei o que a diretoria resolveu com o Fredy. Espero, primeiro pensando na pessoa, que ele resolva todos os seus problemas. Espero que, se for para ser, ele volte e ajude a gente. Mas a gente precisa de todos com a cabeça 100% aqui. É assunto da diretoria.

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No pit stop e fora de jogo-treino


- Amanhã (quarta-feira) não vou estar jogando, nessa semana estou no pit stop. Me colocaram no box para dar uma fortalecida para chegar no Brasileirão 110%.

Necessidade de começar bem o Brasileiro

- Temos que começar melhor do que começamos no ano passado. Eu mesmo consegui estrear na 11ª rodada. Estávamos com tanta sede no Carioca que eu acabei me desgastando e também não me preparando para o Brasileiro. Quero começar ajudando meus companheiros já com o Palmeiras. Se a gente tiver um bom início e continuar o desempenho que teve na virada do turno do Brasileiro passado, pode beliscar alguma coisa de importante. Acho que o início desse campeonato será muito importante. Estamos trabalhando muito para todos estarem na ponta dos cascos para começar esse Brasileiro com tudo.

Quanto o Vasco perde jogando sem torcida?

Acho que a gente perde o craque do nosso time. Vou citar dois jogos que ficaram muito marcados: o clássico com o Fluminense, às 11h. Atmosfera e o clima em São Januário foram de outubro mundo. E o jogo contra o Cruzeiro. Esses dois jogos foram jogos em que realmente a torcida empurrou. Só quem estava lá nesses dias pode dizer isso. É uma perda muito grande, mas a gente tem que tirar força e saber que a torcida vai transmitir pensamento positivo pra gente.

Paixão pelo Vasco

Vinha de um momento muito difícil na minha carreira. Passei por momentos que ninguém sabe o que sofri. Só eu e Deus sabemos. Minha família sempre esteve do meu lado, mas quando você deita a cabeça no travesseiro, é só você e Deus. O Vasco é o clube que abriu as portas para mim. Pude reencontrar meu futebol e a felicidade aqui no Vasco. Sou profissional. Visto a camisa de um clube a 150%, me dedico ao máximo porque tenho de honrar meu salário. Minha devoção é com a profissão. Espero que eu possa deixar um legado nesse clube. Precisamos estar realmente no mais alto ponto do profissionalismo. Não só jogador, como todos. No momento que passei por muitas dificuldades vem o Vasco.

No que o Vasco tem se aprimorado de olho nas próximas competições?

- Acho que a gente está se aprimorando a cada dia. Esse é um objetivo de todos. Importante essa mentalidade de querer vencer. A gente joga numa equipe de camisa muito pesada, é preciso essa mentalidade de querer vencer. Para se vencer, tem que trabalhar muito e ser focado. Acredito que o grupo está nesse caminho, todo mundo quer deixar esse nome marcado no clube. Não só como grupo que segurou a onda, mas também como aquele grupo que conseguiu vencer. É um grupo muito jovem, de muita qualidade. Acredito que a gente pode fazer um grande ano.

Esse elenco tem chances de chegar à Libertadores?

Acredito que esse grupo tem condição, sim. Qual via, eu não sei. Temos três opções. Vamos jogar com pés no chão e tranquilidade. O momento é de ficar quietinho e trabalhar. Depois no final da temporada a gente vê o que conseguiu. Estou muito entusiasmado em conseguir grandes coisas nesse ano. De chegar perto de vaga em Libertadores ou de conseguir algum título importante. Tenho muito entusiasmo com a Sul-Americana. Mas quietinho e trabalhando, porque com certeza a gente chega lá devagarinho.

Recuperação física de Breno

Nunca faltou disposição ou vontade ao Breno. Ele e Ramon (lateral-esquerdo) são os dois caras que mais trabalham no dia a dia. De manhã e de tarde, eles ralam para caramba.

São dois profissionais que admiro muito. Só quem passa por esse momento de não conseguir voltar a jogar futebol sabe como é. O Breno dispensa comentário. A sua história como jogador de futebol diz por si só. Um dos zagueiros com mais perspectiva para virar um grande jogador. Foi jovem pro Bayern, disputou Olimpíada. Se não tivesse os problemas que teve ao longo da carreira, com certeza estaria na seleção.

Breno eleva o nível do nosso elenco. Sou fã dele. O vejo jogar desde moleque. Espero que possa voltar a estar jogando em alto nível por tudo que passou e pela pessoa que é.

Marcelo Alves, zagueiro contratado ao Madureira

Contra a gente fez um grande jogo. Quando vi na internet que tinha 22 anos, até me assustei, achei que já tinha uns 34. Cara que sabe se posicionar, experiente e fez uma grande partida.

Se acertou mesmo, seja muito bem-vindo. O clube vai recebê-lo muito bem. Acho que é trabalho, respeitar os profissionais e trabalhar.

Todo mundo saiu de clube pequeno para um grande. Poucos conseguem ficar num grande, subir e jogar. Todo mundo já jogou em equipe de menor expressão. Se for dar um conselho a ele, que ele trabalhe firme e com honestidade porque ele vai conseguir.



Fonte: GloboEsporte.com