A CBF definiu a data de 26 de agosto como retorno para o Brasileiro feminino Série A1. O dia será para fechar a quinta rodada, que ficou em aberto com a interrupção em razão da pandemia de coronavírus com três confrontos por disputar (Corinthians x Ferroviária, Inter x Flamengo e Santos x Audax). Em 29 de agosto, volta a disputa para todos os clubes. A projeção da entidade é de finalização do torneio em novembro. Faltam ainda 16 rodadas para seu encerramento. Como o blog havia adiantado, a Confederação Brasileira de Futebol queria primeiro iniciar o Brasileiro masculino em 9 de agosto para ter certeza de que o protocolo sanitário seria eficiente e assim esperar no mínimo 15 dias para obter os resultados. Isso porque, diferentemente dos homens, diversas jogadoras não são beneficiadas com planos de saúde dos times e cairiam no sistema de saúde público. O mesmo temor se aplica ao Brasileiro feminino Série A2. A previsão é de começo em final de setembro da segunda divisão.
Com a data marcada, os clubes já se preparam para estarem aptos à disputa. No entanto, nem todos celebram a data. O Iranduba prevê dificuldades para voltar aos jogos, isso porque teve problemas com o patrocinador máster e até o momento, com a pandemia, não encontrou outro parceiro. O diretor de futebol feminino, Lauro Tentardini, comenta que a ajuda dada pela CBF foi vital, mas seria necessário um novo aporte até mesmo pela ausência de público nas partidas.
- Nós estamos atrás de patrocínio visto que a VeganNation não cumpriu o combinado de colocar a criptomoeda no mercado até 30 de março. Devido à pandemia fica muito difícil conseguir algum patrocínio nessa época então a situação é bem complicada. Nós estamos torcendo para que saia um novo auxílio da CBF, que eu acho que seria justo com os clubes. Eu sempre digo que a gestão do Rogério Caboclo tem olhado com muito carinho para o feminino. A CBF vem melhorando ano após ano para o feminino só que nós não temos cota de televisão como os clubes da Série A. A cota do futebol feminino é apenas 15 mil reais e 15 mil reais não paga todas as passagens das meninas para virem para Manaus no começo do ano. Nós somos gratos pela ajuda dos 120 mil reais que nós recebemos, mas como o campeonato ficou parado por muito tempo, como os jogos serão portões fechados acaba se tornando insuficiente. Eu esperava que esse campeonato fosse começar um pouco mais para frente porque eu ainda acho que a situação do coronavírus não está controlada. E também o nosso campeonato é um campeonato mais curto. Poderia ser mais para frente com dois jogos por semana, mas infelizmente acho que acabou sendo puxado pelo masculino – afirmou Lauro Tentardini.
O Palmeiras comentou que já estava acelerando os treinos para a volta às atividades. O executivo de futebol feminino do clube, Alberto Simão, colocou: "A data e mais do que suficiente para nossa readaptação". O mesmo retorno positivo veio do Internacional, que garantiu que estará com a equipe pronta para a volta da disputa. A liderança atualmente está com a Ferroviária (veja aqui a classificação). Sobre os protocolos, o objetivo da CBF seria arcar com os custos entre as equipes femininas.
A entidade quer anunciar nesta segunda as datas também da volta dos torneio femininos de base sub-14, sub-16 e sub-18. O mais importante campeonato estadual feminino do país, o Paulista será disputado em meio ao Brasileiro como já havia sido feito na última temporada - jogos no meio de semana. A FPF aguarda apenas a organização do masculino para dar o início já que também quer ver como reagirão os times dos homens ao protocolo sanitário.
Fonte: Blog Dona do Campinho - GloboEsporte.com