CBF notifica Volta Redonda por venda de 10% dos direitos de Marrony para pessoa física
Quarta-feira, 01/07/2020 - 18:29
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) notificou o Volta Redonda para que o clube preste esclarecimentos quanto à venda de 10% dos direitos econômicos de Marrony a um empresário, algo que fere o Regulamento sobre Status e Transferência de Jogadores (RSTP). Em resposta à entidade, o Voltaço pediu para enviar as explicações necessárias sobre a transação até o dia 6, próxima segunda-feira.
Desde 2015, o artigo 18 do Regulamento sobre Status e Transferência de Jogadores (RSTP) indica que os direitos econômicos dos atletas não podem estar sob o controle de terceiros, apenas clubes estão aptos e envolvidos nas transferências de jogadores.
O caso veio à tona em meio às tratativas entre Vasco e Atlético-MG pelo atacante, concluídas em meados do mês passado. O Cruz-Maltino tinha 70%, o Volta Redonda, onde Marrony começou, 20%, e um empresário do ramo imobiliário outros 10%. O Galo desembolsou R$ 20 milhões pro 80% dos direitos, o Vasco permaneceu com 14 e o Volta Redonda com 6%.
Segundo o UOL Esporte mostrou à época, a comercialização dos direitos do jogador aconteceu em 2018, por R$ 100 mil. O empresário cujo o nome está registrado no documento que aponta a negociação tem íntimas ligações com a "Pantera Sport", empresa que agencia carreira de jogadores.
O UOL Esporte procurou o Volta Redonda, que afirmou que não se pronunciará sobre o caso. Já a CBF, confirmou que notificou o clube e aguarda os esclarecimentos.
"A Diretoria de Registro, Transferência e Licenciamento da CBF notificou o Volta Redonda há duas semanas, logo após o anúncio da negociação, solicitando detalhes quanto à composição do passe do jogador. Esta semana, o clube pediu mais tempo à entidade, que aguarda as informações nos próximos dias", disse a entidade.
Sócios do Volta Redonda apuram irregularidade
Um grupo de sócios do Volta Redonda investiga uma suposta irregularidade na venda de parte dos direitos econômicos de Marrony. O UOL Esporte apurou que há a possibilidade de que uma denúncia seja feita ao Ministério Público.
Fonte: UOL