Após suspensão motivada pela pandemia, Vasco se prepara para voltar a pagar parcelas do Ato Trabalhista
Ao mesmo tempo em que a bola voltou a rolar no Campeonato Carioca, após a paralisação provocada pela pandemia do novo coronavírus, obrigações assumidas retomam ao dia a dia dos clubes. No caso do Vasco, o mês de julho deverá representar o recomeço do pagamento da parcela do Ato Trabalhista.
Em abril, o GloboEsporte.com havia noticiado a suspensão da cobrança de R$ 2 milhões. Ela, porém, não foi de apenas 60 dias. Em resposta a um questionamento da reportagem, a assessoria da imprensa do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região informou que os meses de abril, maio e junho entraram no sobrestamento (interrupção) decidido pelo desembargador José da Fonseca Martins Junior, presidente do TRT.
Tal decisão não foi exclusiva ao Vasco. Na época, o Botafogo pleiteava o mesmo benefício. Até o momento, de acordo com o TRT, não há nenhuma negociação para ampliar o período de suspensão do pagamento de parcelas.
Foi em agosto de 2019, portanto na gestão do presidente Alexandre Campello, que o Vasco conseguiu assinar um novo Ato trabalhista. Na ocasião, as dívidas trabalhistas chegavam a R$ 125 milhões e foram incluídas no parcelamento. Pelo acordo, o Vasco pagaria R$ 2 milhões mensais para quitar a dívida num prazo de seis anos - dinheiro descontado automaticamente dos recebíveis que o clube tem direito em relação a cotas de televisão.
No levantamento mais recente, feito pelo blog da Gabriela Moreira, divulgado em fevereiro de 2020, o time de São Januário tinha 181 credores no Ato Trabalhista (ex-jogadores, ex-técnicos e ex-funcionários do departamento de futebol eram a maioria). O último nome que passou a fazer parte da lista que se tem notícia foi Nenê, atualmente no Fluminense. Ele celebrou acordo para receber R$ 1,2 milhão em dívida não paga.
Fonte: GloboEsporte.com