Protocolo de saúde muda rotina de São Januário em dia de jogo
Segunda-feira, 29/06/2020 - 08:37
Foi um domingo diferente, talvez como São Januário nunca tenha vivido. Com bom futebol, mas silencioso e sem torcida, o estádio teve uma atmosfera incomum. O clima pouco lembrava uma partida de futebol. Ao menos até a bola rolar.

O Jogo Seguro, protocolo de saúde da Ferj que tem guiado a volta do Campeonato Carioca, foi quase seguido à risca. Houve, no entanto, pequenos deslizes. Mais pelo ineditismo do que pelo interesse de todos em seguirem as orientações.

Entorno deserto e temperatura na chegada

Do lado de fora de São Januário, pouquíssimo movimento. Comércio fechado, pouca gente na rua e quase nenhum vascaíno. Apenas Caíque, torcedor-símbolo do Vasco, foi à entrada de São Januário. Levou com ele um cartaz contra o racismo. Não conseguiu entrar.

No portão de entrada, alguma movimentação de funcionários do Vasco, policiais, médicos e jornalistas. O número de pessoas envolvidas, no entanto, foi consideravelmente menor do que em uma partida pré-pandemia.

Para entrar no estádio todos tiveram de tirar a temperatura. Inclusive os jogadores. A delegação do Macaé foi a primeira a chegar. Foi nítida a apreensão dos envolvidos em seguir o protocolo corretamente. Esqueceram, por exemplo, do álcool em gel no desembarque dos atletas, que desciam e logo tiravam a temperatura. Rapidamente alguém lembrou e mandou trazer o álcool.

O Vasco chegou logo em seguida. Jogador por jogador desembarcou e seguiu o ritual. Foi formada uma fila indiana, todos usaram álcool em gel e tiraram a temperatura.

Imprensa tem rotina diferente

Os poucos jornalistas que foram ao estádio apresentaram os resultados dos exames de Covid e receberam álcool em gel. O camarote que costuma receber a imprensa estava fechado, e a maioria acompanhou a partida das cabines de transmissão, sem qualquer aglomeração. Todos receberam álcool em gel em abundância. Após o jogo, as entrevistas foram realizadas virtualmente, produzidas pela Vasco TV.

Com a bola rolando, caixas de som, distanciamento no banco e abraços

O campo foi desinfectado instantes antes de começar o jogo. Com a bola rolando, uma cena chamou a atenção no início do jogo: caixas de som simulavam a torcida do Vasco. Não durou muito.

Os bancos de reservas seguiram o distanciamento sugerido pelo protocolo. As cadeiras se intercalavam, com assentos interditados por faixas

O técnico Ramon Menezes usou máscara no início do jogo e depois retirou. O item não é obrigatório para treinadores na área técnica. Os abraços entre jogadores nas comemorações, no entanto, foram inevitáveis, apesar de o protocolo não permitir abraços entre companheiros e adversários e aglomerações nas celebrações de gols.



Fonte: GloboEsporte.com