Confira a trajetória de Marrony, da base à chegada aos profissionais do Vasco até transferência para o Atlético-MG
Domingo, 14/06/2020 - 12:30
Neste ano, Marrony teve atuações irregulares antes da pandemia. A ausência de um posicionamento fixo, inclusive, jogou contra e contribuiu para a estatística de gols zerada em 2020 (em 13 jogos). No total, Marrony fez 84 partidas e 11 gols com a camisa cruz-maltina. O desafio agora é um pouco mais longe de casa. De Volta Redonda para São Januário, de São Januário para a Cidade do Galo. O garoto passará a ser peça à disposição de Jorge Sampaoli na missão atleticana: brigar pelo Brasileirão 2020.

Marrony é natural de Volta Redonda, cidade no sul do estado do Rio. Foram por lá os primeiros gols, com a camisa do Santos. Não o Santos de Pelé e Neymar (maior ídolo de Marrony), e sim o time da família, que tem esse nome para homenagear Ricardo Santos, primo e jogador profissional - hoje no Trat, da Tailândia.

"Minha família é fabrica de jogador. Um monte de primo. A gente tem um time lá, que é o Santos. Botamos o nome por causa do Ricardo. Meu pai é o técnico, meu irmão é zagueiro, o outro é lateral-esquerdo. Depois perdi esse vínculo, mas participo. Vou a todos os jogos" - disse Marrony ao GloboEsporte.com em 2018.

Da várzea de Volta Redonda, Marrony foi para São Januário em 2015, aos 16 anos. Curiosamente, antes disso, teve uma rápida passagem pelo Cruzeiro. Era jovem, estava longe da família, não se adaptou e acabou voltando ao Rio, mas agora para a capital, para o Vasco, onde completou toda a formação e se profissionalizou.

Na base vascaína, Marrony (que tem o nome em homenagem ao cantor da dupla Bruno e Marrone) teve grande destaque em 2018, quando fez muitos gols. Naquela época era treinado por Marcos Valadares, hoje comandante do sub-20 do Galo. Seu melhor rendimento na base foi atuando pela direita do ataque. Canhoto, tinha como principal jogada o corte para dentro e a finalização.

O posicionamento, porém, nem sempre foi esse. Marrony é um "coringa" no ataque. Como profissional, atuou prioritariamente pelo lado esquerdo do ataque, onde é, inclusive, sua posição de preferência. Jogando naquele lado, teve sua melhor fase sob comando do técnico Vanderlei Luxemburgo, em 2019.

"Se for para escolher, eu estou mais acostumado na esquerda" - Marrony.

A profissionalização de Marrony foi no segundo semestre de 2018. Apareceu bem, marcou seu primeiro gol em seu quinto jogo, contra o Bahia, atuando como... centroavante. Com 1,84m, Marrony pode jogar também como referência. A polivalência do garoto foi um dos atributos que chamou atenção do Atlético. O atacante foi um pedido de Sampaoli, mas já estava na mira do Galo desde 2019.

O ano de 2019, inclusive, foi de reviravoltas e altos e baixos para Marrony. No início da temporada, o garoto - que ainda morava em São Januário - foi o artilheiro do time na Taça Guanabara e conquistou o status de titular absoluto. Renovou contrato. No Brasileirão fez bons jogos, outros não tão bons assim. Chegou a ficar mais de quatro meses sem fazer gols, mas, por um bom tempo, manteve a titularidade justificada pela função tática que exercia e a ajuda na marcação - outra de suas qualidades.

Neste ano, Marrony teve atuações irregulares antes da pandemia. A ausência de um posicionamento fixo, inclusive, jogou contra e contribuiu para a estatística de gols zerada em 2020 (em 13 jogos). No total, Marrony fez 84 partidas e 11 gols com a camisa cruzmaltina. O desafio agora é um pouco mais longe de casa. De Volta Redonda para São Januário, de São Januário para a Cidade do Galo. O garoto passará a ser peça à disposição de Jorge Sampaoli na missão atleticana: brigar pelo Brasileirão 2020.



Fonte: GloboEsporte.com