Presidente da Assembleia Geral, Mussa convoca Junta Deliberativa para revisar lista de sócios aptos a votar
O presidente da Assembleia Geral, Faués Jassus, convocou a Junta Deliberativa para iniciar os trabalhos de análise e revisão da lista de sócios aptos a votar no Vasco. Em ofício divulgado nesta sexta-feira, Mussa, como o dirigente é conhecido, determinou que a reunião por videoconferência ocorrerá na próxima quarta-feira (dia 10 de junho).
A Justa Deliberativa é formada pelos presidentes dos cinco poderes do Vasco. Além de Mussa, fazem parte Alexandre Campello (Diretoria Administrativa), Roberto Monteiro (Conselho Deliberativo), Edmilson Valentim (Conselho Fiscal) e Sílvio Godói (Beneméritos). A checagem da lista é o primeiro passo para a convocação de Assembleia Geral Extraordinária, que terá como fim aprovar ou não a reforma do estatuto e as eleições diretas no clube.
Na convocação (veja abaixo), Mussa diz que Alexandre Campello deverá compartilhar na reunião o arquivo digital contendo a lista de cadastro atualizada de todos os sócios estatutários. Tanto adimplentes quanto inadimplentes, inclusive quem se recadastrou ou não.
A checagem faz parte do rito de todo processo eleitoral do Vasco. Depois da averiguação da lista, Mussa, como presidente da Assembleia Geral, vai convocar os sócios para decidirem sobre reforma do estatuto e as eleições diretas - o que ainda é caso de discussão no Vasco, conforme foi mostrado pelo GloboEsporte.com na última quinta-feira.
Aprovada pelo Conselho Deliberativo, a eleição direta no Vasco em 2020 depende apenas da última etapa: o referendo à mudança por parte dos sócios em Assembleia Geral Extraordinária (AGE). Mas é justamente essa fase final que causa divergência e risco de inviabilização da proposta, conforme mostra uma recente troca de documentos. Três ofícios, assinados por Mussa (Assembleia Geral), Edmilson Valentim dos Santos (Conselho Fiscal) e Roberto Monteiro (Conselho Deliberativo), presidentes de três dos cinco poderes do clube, indicam opiniões diferentes sobre o rumo a seguir.
O cerne da questão é a convocação de uma só AGE para o sócio votar duas medidas: a reforma do estatuto - que contempla o voto direto - aprovada pelos conselheiros no começo do ano e o pedido do movimento "Nova Resposta Histórica" para que o associado decida a eleição presidencial.
Defendida por Mussa, esta ação é rebatida por Valentim e Monteiro, que fazem ressalvas à lista de assinaturas apresentada pelo "Nova Resposta Histórica" e preferem que a AGE seja convocada apenas para aprovação ou reprovação da reforma do estatuto. Esta inclui diversas outras medidas além da eleição direta - veja AQUI quais são.
O assunto traz à tona debates antigos que revelam a divisão política do clube: suspeita de irregularidades na relação de quem tem direito a voto, uma suposta ação para barrar a reforma do estatuto e prazo curto em um contexto de pandemia do novo coronavírus.
Mussa também divulgou nota na qual reafirma "o compromisso de transparência" com os vascaínos para "trabalhar incansavelmente por eleições limpas" (veja acima).
Fonte: GloboEsporte.com